18 de novembro de 2016

[Resenha] Primavera Eterna


PRIMAVERA ETERNA
Autora: Paula Abreu
Editora: Arqueiro
Ano: 2014
Páginas: 128


Sinopse: Maia é uma jovem publicitária bem-sucedida. Tem um emprego estável, um namoro estável, uma vidinha estável. Até demais. Certo dia, tentando imaginar como seria sua vida no futuro, o casamento, os filhos, visualiza duas crianças loirinhas correndo… Loirinhas? Então ela se dá conta de onde vem aquela cor de cabelos: Diogo, o menino por quem se apaixonou à primeira vista aos 12 anos, numa cidadezinha do interior, onde costumava passar os fins de semana com a família. Acontece que ele se mudou para os Estados Unidos há mais de dez anos, e a essa altura da vida, já nem deve se lembrar mais dela.Mesmo assim, num impulso, Maia pede férias na agência, inventa uma viagem de trabalho como desculpa para o namorado e vai para Nova York, atrás do seu primeiro amor. Primavera Eterna é a história de uma jovem cheia de sonhos esquecidos, que ousa arriscar tudo o que tem e acaba encontrando a si mesma.




O livro nos conta a história de Maia, uma publicitária que tem um bom emprego e um namoro que parece se encaminhar para o casamento.

Maia é pega de surpresa pelos próprios pensamentos quando, ao imaginar seu futuro, enxerga como seus filhos crianças loirinhas que, em nenhum detalhe se parecem com seu namorado.



Quando tenta se recordar de quem são (ou com quem se parecem) aqueles olhos e cor de cabelos de seus possíveis "futuros filhos", apenas uma pessoa lhe vem em mente: Diogo, seu primeiro amor, que aconteceu quando tinha 12 anos de idade.


"Mas aquele menino, entende? Aquele era o menino. Ele era simplesmente perfeito. Minha vida ia ficar muito mais complicada quando eu descobrisse que não bastava um homem ter um nariz como o dele para ser perfeito."


Então, a personagem nos presenteia com detalhes de sua infância no interior e de como seu coração bateu forte ao conhecer Diogo e, claro, como sofreu quando tiveram de se separar.

É quando essas lembranças tomam conta de sua vida e Maia faz a maior loucura de sua vida: precisa reencontrar Diogo.


"No milésimo de segundo durante o qual se diz que os moribundos veem suas vidas como um filme, tenho certeza de que vou ver de novo aquele rosto que veio depois do nome, me assombrando com seus traços irrepreensíveis, desenhados por uma pena cuidadosa que não podia, de modo algum, ser a mesma pena que desenhara o mundo que eu conhecia. De perto, ele era ainda mais perfeito."


Narrado em primeira pessoa por Maia, o livro se desenvolve de forma fácil, fluida, leve e gostosa de se ler. Finalizei a leitura em poucas horas e, apesar disso, desperta todos os sentimentos possíveis no leitor.


Em todas as loucuras, medos e angústias da personagem, a autora faz com que o leitor recorde de sua infância, adolescência e possa analisar as suas escolhas, bem como Maia fez.

E, claro, nos faz perceber que o passar inevitável das horas, dos dias e dos anos modifica as pessoas para sempre, de modo que a lembrança daquele amor do passado é muito diferente do que ele pode ser na realidade.


"Foi suficientemente insensata para arriscar-se à trilha dos enganos, quando a razão nos ensina que toda felicidade é tangível, imediata, e é loucura partir em busca de quimeras se temos o real para viver."


Recomendo a leitura a quem gosta de livros leves, com uma dose de romance e ótimas reflexões sobre o amor, a vida e as nossas percepções sobre eles.


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10 comentários:

  1. O livro parece ser uma ótima pedida para quem está de ressaca literária, boa resenha!
    Beijos,
    Gustavo
    Scorch Books

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  2. Oi Karla, tudo bem?
    Primeiro, adorei a capa desse livro, chamou muito a minha atenção. É sempre bom ter por perto uma leitura leve e agradável. Imagino que procurar alguém do passado não seja uma tarefa fácil principalmente quando se coloca um grande sentimento em volta dessa pessoa, achei a premissa bem interessante e já quero ler.
    Dica anotada!
    Beijos

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  3. Oie!
    Achei a capa do livro muito amor e adorei a sua resenha. Parece ter uma narrativa bem gostosa de acompanhar.
    Beijinhox

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  4. Apesar de gostar de livros que nos leva a reflexões, em especial sobre nossa vida, confesso que não me interessei muito por este livro.
    Bjs

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  5. Oiii, Karla. tudo bem????
    Eu amooo esse livro <3
    Adorei a história e as reflexões para as quais fui levada. E é bem isso mesmo. É como sempre digo "o passado só parece tão bonito porque não estamos mais lá". O que acontece é que muitas vezes, depois de um tempo, guardamos apenas as boas lembranças. O que é bom, afinal para que ficar guardando mágoa? Mas isso não significa que o passado tenha sido perfeito.
    Depois desse livro, li outros da autora e amei. Mas são autoajuda, então tem que gostar do gênero hahahha
    Beijooos
    https://profissao-escritor.blogspot.com.br/

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  6. Oi Karla sua linda!
    Eu gostei da resenha e até da parte que do livro ser reflextivo (coisa que amo em livros , mas a premissa não me chamou a atenção então vou passar a dica.
    Bjs

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  7. Oi Karla!!

    Nossa que resenha mais gostosa, simples e objetiva. Parece ser bem interessante o livro e a perspectiva de Maia, todavia não sei se teria essa coragem: largar tudo e em busca de amor na fase da infância. Talvez essa seja a chave da felicidade, mas não tenho impulso para tal. Beijos!

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  8. Ai que livro mais gostoso, que resenha gostosa, ai que tudo gente! Preciso ler com toda certeza, essa fase é importante no desenvolvimento e adoraria acompanhar a personagem.
    Abraços

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  9. Olá, tudo bem?
    Sou uma grande fã da arqueiro, porém apenas no quesito romance de época, não conhecia os chick lit dela. A sua resenha ficou bem encantadora, e a Maia parece ser um personagem bem construído, divertido e o livro uma leitura gostosa. Já entrou pra minha lista de desejados de 2017

    Grande abraço,
    Lua.
    http://tudoculpadalua.blogspot.com.br/

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  10. Oi!!
    Que capa lindinha, passa uma delicadeza e já imaginei que o livro seria ou um chiklit ou romance.
    A leitura realmente parece ser bem interessante principalmente quando ela começa a narrar sobre a sua infância, parece ser aquela leitura que faz a gente refletir.
    Beijão!

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