30 de maio de 2017

[Resenha] Filhos do Silêncio


FILHOS DO SILÊNCIO
Autora: Elisa Marina
Editora: Lampejos
Ano: 2015
Páginas: 159


Sinopse: Filhos do Silêncio é um romance auto-ficção que conta a história de Natália, uma profissional bem sucedida, com quase 40 anos de idade, e um histórico afetivo de relações amorosas e frustradas. Sonhadora, cultiva o desejo da maternidade a cada início de namoro; que é interrompido a cada fim.
E após mais um fim de relacionamento, repensa sua vida e resolve deixar para trás a objetivo apenas na sua realização profissional. Recuperada e feliz, na noite que parecia ser o início de uma nova vida, o seu maior desejo é realizado da forma mais cruel que uma mulher possa imaginar. Vítima de estupro, seu sonho transforma-se no seu maior pesadelo. A partir daí, vê-se diante de uma difícil escolha: gerar ou não uma criança indesejada?
Filhos do Silêncio faz uma análise do papel da mulher na sociedade contemporânea. Analisa a busca excessiva pela maternidade, quando questiona se, de fato, este é um desejo genuíno da mulher ou apenas uma inconsciente necessidade de satisfazer aos apelos sociais. O livro ainda aborda se o caminho para a felicidade tem que passar pelo matrimônio.



Olá, pessoal!

Hoje venho contar a vocês um pouquinho do que senti com a leitura de "Os filhos do silêncio", livro da Editora Penalux, selo Lampejos.


O livro de Elisa Marina é forte, pesado, extremamente real e, em alguns pontos, causa um aperto no estômago.

Conforme se pode perceber na leitura da sinopse, o livro trata da história de Natália, publicitária e cheia de sonhos, da qual o aniversário de 40 anos se aproxima.

Com os 40 anos, estão chegando para Natália, segundo a sociedade, o fim do seu prazo para se casar e também para ter filhos. Quanto a esse último, seu médico também concorda, o que a deixa ainda mais desesperada.

Natália nos conta, com muita sinceridade, os detalhes de suas relações e de suas frustrações nas várias tentativas de um relacionamento sério, que possa culminar em casamento.

Também fala muito bem sobre as cobranças da sociedade e, ao parar para pensar, vejo que as pessoas amam criticar e cobrar, não importa o motivo.

Se a moça não tem namorado, o exigem. Se namora, cobram logo o casamento. Depois, ficam ávidos pela gravidez. Quando se tem um filho, pedem logo outro e, após o segundo, perguntam se não se quer mais um. O mesmo se dá em relação a estudos, carteira de habilitação, mudança de emprego e aprovação em concurso, somente para citar alguns exemplos do que a mulher enfrenta diariamente!

"Ser exceção à regra incomoda muitas pessoas. Você tem que casar. Você tem que ter filhos. Você tem que ter mais de um filho. Estes filhos tem que lhe dar netos."

Narrado em primeira pessoa pela personagem principal, o livro nos traz, além dos acontecimentos da vida de Natália, seus sentimentos e pensamentos, o que achei bem interessante, pois assim o contexto fica ainda mais claro para o leitor.

Sem sucesso em outros relacionamentos amorosos, finalmente Natália encontra um parceiro com quem pretende dividir sua vida. Mas também com esse se decepciona de forma muito trágica, pois descobre a traição logo com uma das pessoas a quem mais ajudou.

"Vivemos uma inquietude egoísta em que as pessoas não querem mais escutar as razões pelos erros dos outros. Um atraso de trinta minutos é considerado falta de comprometimento. E fim."

Após lenta recuperação desse ocorrido, Natália descobre um problema de saúde que, para ser solucionado, lhe deixa com pouquíssimas chances de engravidar.

Quando finalmente o leitor enxerga uma luz no fim do túnel para a vida de Natália, um estupro o surpreende e joga por terra todas as ilusões dela.

Como se pode imaginar, nossa personagem principal está tão destroçada que muda completamente a sua vida, perde não apenas a sua capacidade de decisão sobre o sexo naquele momento, mas seu emprego, seu apartamento e tudo o que fazia parte de seu dia-a-dia até aquela data.

Mas o pior ainda estava por vir: de modo bastante lento e com uma narrativa forte, densa, mas extremamente real, Natália nos conta que aquele estupro lhe gerou um filho.

Agora aquele filho, antes tão desejado, surge de forma bastante repugnante em sua vida e ela não sabe como deve agir; o que gera uma contradição de sentimentos e pensamentos nela e no leitor.

As discussões sobre a culpa da mulher no estupro, o sentimento de tê-lo provocado e se o merecia estão presentes em cada página após o ocorrido.

Achei de extrema importância a abordagem da autora, pois temos tido os mesmos discursos em nossa sociedade, já que a culpa por ser assediada, estuprada, violentada - e muitas vezes morta - sempre recai no ombro da mulher, o que considero um absurdo!

"Cris sentia dor pior. A dor da mãe que sofre ao ver o sofrimento do filho. A mãe que sofre por sentir-se impotente e nada poder fazer. Sofrer por um filho faz parte do ser mãe."


A edição tem uma linda capa que, assim como o título, revela um pouco do conteúdo do livro. As folhas são amareladas e a fonte é pequena, mas confortável à leitura. Encontrei pouquíssimos erros, mas não comprometeram o entendimento.

Gostei bastante da história do livro, das discussões que ele provoca e recomendo aos fãs de dramas fortes, com temas polêmicos e bem escritos!

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29 de maio de 2017

[Resenha] Proibido




Autora: Tabitha Suzuma
Editora: Valentina
Ano: 2014
Páginas: 304


Antes de iniciar a resenha, é importante esclarecer que não tenho, em momento algum, o objetivo de julgar os personagens por seus atos, nem pelas consequências que sofreram pelas decisões que tomaram. Quero apenas relatar o que se passa nesse livro tão pesado, polêmico e cheio de significados.

O livro narra a história de Lochan e Maya, dois irmãos adolescentes que, ao verem sua família desmoronar, assumem as rédeas da casa e se veem responsáveis pelos irmãos mais novos, o que os transformam em verdadeiros pais daquelas crianças.

O pai dos adolescentes abandona a família e se muda para outro país com sua nova esposa e a mãe, revoltada, não consegue absorver o que se passa e começa a ter um comportamento absolutamente negligente com relação aos filhos (e à vida de modo geral).

Sobre os pais, apenas comento que senti raiva de ambos em toda a história, pois simplesmente se esqueceram de que haviam construído uma família e foram viver cada um a sua vida.

Lochan, dezessete anos, tem um bom senso incrível nas decisões relativas aos irmãos. Ele não sai de casa pra se divertir, está envolvido apenas nos programas que podem fazer seus irmãos se sentirem bem ou não sentirem tanto a falta dos pais, atitudes típicas de um pai de família.

Com Maya não é muito diferente. Ela tem dezesseis anos e a mesma abnegação do irmão. Tenta administrar a casa que agora não tem nenhum adulto e várias crianças que precisam dos cuidados mais básicos de saúde, alimentação e higiene e, principalmente, de atenção e carinho.



"Meus irmãos podem me deixar doido às vezes, mas são meu sangue. São tudo que já conheci. Minha família sou eu. É a minha vida. Sem eles, eu caminho pelo planeta sozinho."


O livro tem diversas passagens muito pesadas, não há como esconder os dramas familiares que temos na história e as marcas que a vida deixou em cada uma das pessoas que fazem parte dela.

No meio de tudo isso, a autora consegue deixar o leitor boquiaberto quando trata com extrema leveza uma relação incestuosa que surge entre Lochan e Maya, o que traz à tona a frase da capa do livro, "Como uma coisa tão errada pode parecer tão certa?".



"Ná há leis e nem limites para os sentimentos. A gente pode se amar tanto e tão profundamente quanto quisermos. Ninguém, Maya, ningué poderá nunca tirar isso de nós."


Para mim, a relação entre eles se confunde na cabeça de ambos quando se perdem totalmente dos papéis de filhos-irmãos para se tornarem pais daquela família já tão machucada pela vida.

A história se desenvolve cheia de altos e baixos, tanto na parte do livro que trata dos sentimentos entre os dois quanto na parte que trata da relação dos mesmos com os irmãos mais novos, na escola, na vizinhança e ao mundo em geral.

Muito drama e profundidade enchem cada página e o leitor fica cheio de dúvidas todo o tempo. Será que, em outras circunstâncias, eles teria chegado ao ponto de se envolverem?



"Você pode fechar os olhos para as coisas que não quer ver, mas não pode fechar o coração para as coisas que não quer sentir."


O final do livro é um ponto de conflito entre os leitores, alguns realmente acharam que foi o final correto. Outros acharam que foi absurdo, que o livro não merecia terminar assim. Eu vou deixar em aberto, posso dizer apenas que, por mim, os personagens mereciam outros destinos. Apesar disso, me conformei e entendo os motivos da autora.

Não dá vontade de largar a leitura, que mexe com nossos sentimentos de maneira ímpar. Há tempos não lia um livro tão forte! 

Recomendo a quem curte um drama com uma história super complexa capaz de bagunçar totalmente o coração do leitor e de despi-lo de julgamentos em nome de um amor lindo que é proibido.








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27 de maio de 2017

[Lançamentos] Grupo Editorial Pensamento - Maio/2017

Confira os lançamentos do Grupo Editorial Pensamento no mês de maio:

O ENIGMA DO CHIFRE 
Tronos & Ossos
Lou Anders
Editora: Jangada
Páginas: 376

Depois de atravessar florestas e desertos gelados para salvar Thianna, Karn precisará viajar montado num réptil voador até Castelurze, aprender a jogar um novo jogo chamado Aurigas, decifrar o Enigma do Chifre e enfrentar misteriosos elfos. Todos estão atrás do Chifre de Osius, um antigo artefato com poder suficiente para mudar o mundo. Mas com facções rivais de elfos, anões rebeldes, exércitos em guerra e mantícoras devoradoras de gente no caminho, Karn não sabe em quem confiar. Até onde ele será capaz de ir em nome da amizade? A solução deste enigma pode ser fatal.


DEPOIS DO URSO
Dan Bigley / Debra Mckinney
Editora: Seoman
Páginas: 304

Tudo ia bem na vida do jovem Dan Bigley. Ele tinha um trabalho que adorava, comprou uma cabana nas montanhas e após passar um ano fascinado por Amber, ela finalmente se apaixonou por ele. Tudo isso foi arrui-nado no dia que Dan resolveu ir pescar com um amigo no Alasca. Inesperadamente, um urso surgiu na sua frente e o ataque foi feroz e implacável. Cego e desfigurado, Dan precisou de todo apoio e inspiração daqueles que estavam ao seu redor para encarar os desafios de sua nova vida. Esta obra é um relato de coragem, força espiritual e determinação inabalável.


AS BATALHAS MAIS DECISIVAS DA HISTÓRIA
James Lacey / Williamson Murray
Editora: Cultrix
Páginas: 496

Dois mestres modernos da história militar apresentam as vinte batalhas mais importantes de todos os tempos, numa emocionante viagem aos momentos de conflito que moldaram a história da humanidade. Das batalhas da Antiguidade às Guerras do Golfo, James Lacey e Williamson Murray apresentam os imperativos culturais que levaram países ao campo de batalha, as experiências dos soldados, e os lendários comandantes e estadistas que tomaram decisões que mudaram o curso da história. Uma explicação vigorosa, vívida e memorável sobre como o poderio militar moldou a história do mundo.



MANUAL PRÁTICO DO CORPO SUTIL
Cyndi Dale
Editora: Cultrix
Páginas: 376

Obra de referência para todos os interessados em colocar a cura energética em ação. Escrito pela maior especialista da medicina energética do século XXI, este guia prático traz informações claras, orientações passo a passo, diagramas e explicações indispensáveis sobre um vasto arsenal de curas holísticas e tradições da medicina energética para que você possa começar a aplicar na sua vida essas poderosas práticas de cura e energização.


UNIVERSO ALIEN
Don Lincoln
Editora: Cultrix
Páginas: 320

Universo Alien é uma fusão clara e inspiradora de cultura pop e os últimos avanços científicos sobre as pesquisas e a provável existência de Alienígenas. Nesta obra cheia de ilustrações dos aliens mais icônicos de todos os tempos, o cientista Don Lincoln nos mostra como o imaginário popular, o cinema e a ciência concebem a possibilidade real da existência de seres alienígenas, numa genuína viagem no tempo, que revela a verdade por trás do fenômeno dos foo fighters durante a Segunda Guerra Mundial até as pesquisas e descobertas mais recentes da ciência sobre planetas extrassolares habitáveis e a possibilidade de contato com inteligências alienígenas.



CONFISSÕES DE UM ADOLESCENTE DEPRESSIVO
Kevin Breel
Editora: Seoman
Páginas: 232

Aos 19 anos, Kevin Breel tornou-se um fenômeno mundial com sua TED Talk. O mundo nunca tinha visto um garoto dessa idade falar sobre um tema tão pesado quanto a depressão suicida e com tamanha leveza, inteligência e consciência. Ele conta como um adolescente saudável e supostamente feliz, passou a lutar diariamente contra a depressão e o desejo de se matar. Este livro é um guia para sobreviver à depressão ou entender melhor quem a enfrenta na adolescência, escrito por alguém que atravessou a escuridão e agora lança mão do seu estilo único para trazer luz e esperança à vida de milhões de jovens e adolescentes.



ÉDIPO
Thorwald Dethlefsen 
Editora: Cultrix
Páginas: 176

Nesta obra, o autor livra a figura de Édipo do julgamento preconceituoso de um caráter fracassado e torna visível a imagem arquetípica do homem cujo caminho é curar-se sanando a própria culpa. Todo ser humano carrega dentro de si um Édipo cujo desafio maior é decifrar o enigma da Esfinge, usando para isso as próprias vivências e experiências do dia a dia. Se os homens tiverem êxito em compreender o sentido da tragédia, ela poderá tornar-se uma forma de "psicoterapia coletiva", ajudando-os a desvendar o seu destino neste mundo.



26 de maio de 2017

[Resenha] A Volta do Pequeno Príncipe


A VOLTA DO PEQUENO PRÍNCIPE
Autora: Luciula Soares
Editora: Chiado
Ano: 2016
Páginas: 70
Livro cedido pela autora para resenha
SinopseA autora, carioca, escreveu o livro aos vinte e tantos anos, por saudade do Pequeno Príncipe. Seria um reencontro com um mundo onírico ou uma catarse de sua nostalgia. Não sonhava aproximar-se da qualidade da obra originária, mas, ao menos, poder captar-lhe o espírito.
Guardado por muitos anos, era revisitado, de tempos em tempos; e sentia sempre o mesmo prazer em revê-lo.
Alguns amigos aconselharam-na a publicá-lo, mas não se inclinava a tanta audácia. Diante da insistência, procurou informar-se desta possibilidade e soube da necessidade de aguardar 70 anos, após o falecimento do autor da obra originária, o Pequeno Príncipe, para poder utilizar a personagem.
Não obstante suas dúvidas quanto à conveniência da publicação e de seu atrevimento, decidiu aguardar que o tempo trouxesse a resposta.
Enfim, passados 50 anos, vencida a covardia e assumindo a ousadia, decidiu expor-se e tentar trazê-lo de volta.
Guardado por muitos anos, era revisitado, de tempos em tempos; e sentia sempre o mesmo prazer em revê-lo.Alguns amigos aconselharam-na a publicá-lo, mas não se inclinava a tanta audácia. Diante da insistência, procurou informar-se desta possibilidade e soube da necessidade de aguardar 70 anos, após o falecimento do autor da obra originária, o Pequeno Príncipe, para poder utilizar a personagem.Não obstante suas dúvidas quanto à conveniência da publicação e de seu atrevimento, decidiu aguardar que o tempo trouxesse a resposta.Enfim, passados 50 anos, vencida a covardia e assumindo a ousadia, decidiu expor-se e tentar trazê-lo de volta.



Já pensou em ter uma continuidade de O Pequeno Príncipe? Poder saborear mais um pouquinho da companhia desse personagem que cativou à todos?

Em A Volta do Pequeno Príncipe, a escritora Luciola Soares, nos proporciona uma história simples, porém recheada de poesia e reflexão. 

Uma fábula, abordando situações vividas pelo nosso pequeno príncipe, de amizade, perda e superação, e de alguma forma, mantendo o estilo do clássico original.



Nosso personagem retorna em seu planeta e corre para sua flor. Mas ela já não está  mais lá, nem uma pétala sobrevivera e ele se sente triste. Covarde por ter fugido.

O Pequeno Príncipe passa a relembrar sua viagem à Terra, e dessa forma, ele pode rever sua flor. A melancolia toma conta, pois ele aprendeu sobre o amor, mas nada sabia sobre sua ausência.

Ele procurava um meio de trazê-la de volta, uma haste que brotasse de novo ou uma semente trazida pelo vento. E esperava...



Nessa parte vários personagens passam e conversam com o principezinho, cada qual com sua história.

Até que surge um beija-flor!


"Mas foi a vez da avezinha falar.
- Esqueceste de perguntar o principal.
- E o que foi? - surpreendeu-se.
- Se eu queria companhia.
O pequeno príncipe envergonhou-se. Não sabia que havia crescido tanto!"


A Volta do Pequeno Príncipe é uma história simples, que flui muito bem e canaliza toda beleza e essência do nosso Pequeno Príncipe!

Gostei muito da forma como a autora trabalhou, em cima de uma obra que é um clássico, e que até hoje conquista crianças e adultos, isso não é uma tarefa fácil.

O livro traz uma capa muito semelhante ao original, com lindas imagens que ilustram a história e a diagramação está perfeita.

A Volta do Pequeno Príncipe pode não ser tão majestosa quanto a obra de Exupéry, mas com certeza faz jus, e principalmente, é uma grande homenagem a um dos maiores livros de todos os tempos!


"E o Pequeno Príncipe descobriu que mesmo o mal pode fracassar e fazer algum bem."



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25 de maio de 2017

[Série Indicação] 13 reasons why


Oi pessoal!

No post desse mês, escolhi falar sobre uma série que tem gerado bastante repercussão nas últimas semanas: “13 reasons why”, ou, em bom português, “ Os 13 porquês”. Trata-se de mais uma série produzida pelo Netflix; a primeira temporada, com 13 episódios, foi lançada na plataforma no fim de março. O seriado é baseado no livro homônimo de Jay Asher, lançado em 2007, e retrata os últimos dias de vida da adolescente Hannah Baker, antes de seu suicídio.

A história é contada por Hannah, que, antes de tirar a própria vida, gravou 13 fitas cassete (na realidade, sete fitas, com lados A e B) explicando os motivos que a levaram a tomar tal decisão. Ela, então, faz arranjos para que, depois de sua morte, as fitas cheguem a cada uma das pessoas envolvidas, já que cada fita tem um “protagonista”. A série acompanha a jornada de Clay Jensen, um dos destinatários das fitas, ao ouvir a narrativa de Hannah. Clay não consegue entender porque Hannah o colocaria como um dos responsáveis pelo trágico acontecimento (e, assim, o espectador também não); ao longo dos episódios, a situação de Clay é desvendada, bem como a de seus colegas.


 “13 reasons why” se passa no já batido cenário de high school nos Estados Unidos, que já foi utilizado à exaustão por diversas outras produções, incluindo filmes norte-americanos de besteirol e séries de temática extremamente juvenil. Por essa razão, a reação imediata é de dúvida: “Será que vale a pena?”. Felizmente, vale. Já nos primeiros momentos, é possível perceber que a produção vai além da aparência de “Sessão da Tarde” e mostra ser um drama psicológico de respeito, com tramas complexas, desenvolvimento de personagens, enredo redondo e, mais do que isso, traz à tona um tema espinhoso e que dificilmente é abordado na indústria do entretenimento: o suicídio adolescente.

Embora alguns críticos tenham visto em “13 reasons why” algum traço de incentivo a essa ação, para mim a série passa longe disso; o suicídio, em momento algum, é romantizado; ao contrário, o desespero de Hannah é tratado de uma maneira bastante crua, o que inclui episódios de bullying que são, muitas vezes, desconfortáveis de assistir. O objetivo é gerar uma discussão sobre o tema, para que o espectador reflita sobre a saúde mental de adolescentes inseridos em um ambiente tão pouco acolhedor quanto o high school (equivalente ao ensino médio no Brasil).

Outro ponto de destaque na série é o elenco; entre protagonistas e elenco de apoio, os jovens atores são altamente talentosos, com atuações acima da média, especialmente considerando a dificuldade em fugir do clichê de atletas, cheerleaders e nerds, tão presente em produções similares. Katherine Langford (Hannah), Dylan Minnette (Clay), Alisha Boe (Jessica Davis) e Michele Selene Ang (Courtney Crimsen), entre outros, merecem atenção.

Apesar de a temporada lançada não precisar de uma continuação, já que a história principal tem, de fato, um final (que todos já conhecem desde o primeiro minuto do primeiro capítulo), há ganchos não resolvidos. O Netflix não perdeu tempo e já confirmou a segunda temporada, que deverá ser lançada em 2018.


E aí? Já assistiu “13 reasons why”? O que achou? Conta pra gente nos comentários. Até a próxima! =)








24 de maio de 2017

[Resenha] Imperfeito


IMPERFEITO
Um Conto de Ano Novo
Autor: Robson Gabriel
Editora: Kindle Direct Publishing
Ano: 2015
Páginas: 215

Livro cedido em parceria com o autor


Sinopse: Daniel, um garoto de dezoito anos, está prestes a entrar na faculdade. Mas entre todas as mudanças pelas quais sua vida inevitavelmente passaria, a última coisa que ele esperava era lidar com sua recém descoberta homossexualidade. Ele sempre soube que era diferente dos outros garotos, mas é apenas na noite da festa de despedida do ensino médio e da sua antiga vida que Daniel aceita a verdade sobre si. Agora, o jovem deverá conviver com a verdade a respeito de sua identidade.
Com as aulas da faculdade se aproximando, mal sabe ele que em breve estará dividido entre dois caminhos. Um lhe garantirá a possibilidade de ser feliz, o outro irá forçá-lo a manter uma parte de sua vida oculta de todos ao seu redor.
A vida de Daniel mudou. Mas ele ainda tem que aprender a lidar com muitas coisas...
Imperfeito é um livro que aborda as descobertas e a busca por aceitação que a maioria dos meninos homossexuais já passaram, passam ou irão passar.
“Emocionante e envolvente! Não consegui parar de ler antes de chegar ao final.
Sem dúvidas, um livro cheio de verdades e que merece ser lido por todos!” – Icaro Trindade, autor de Garoto à Venda.




Olá, queridos leitores!

Hoje vou contar para vocês um pouco do que senti lendo "Imperfeito", livro de autoria de Robson Gabriel, parceiro do nosso blog.

O livro nos conta a história de Daniel, um jovem prestes a entrar para a faculdade, o que significaria uma grande mudança em sua vida.

Mas o que ele não imaginava era que este momento de sua vida lhe reservava algumas outras surpresas.

Daniel começa a notar que sente algo diferente quando olha para alguns homens, sobretudo para um amigo que sempre lhe acompanha. Aquela nova sensação vai estar sempre presente, em diversos momentos do livro.

Ele tem alguns amigos, com quem sempre se encontra, são Andy, Bia e Aline. Certo dia, em uma festa organizada pelos quatro amigos, decidem brincar de uma espécie de "jogo da verdade" e o clima esquenta entre Andy e Daniel.

Após um beijo entre os dois, Daniel se sente completamente perdido em ter essas emoções e sensações por um homem, a ponto de não conseguir ignorar o ocorrido por um bom tempo.

Em uma das vezes em que sai perdido pela rua, encontra Bernardo, um jovem que mexe com seus sentimentos e parece ler seus pensamentos.

Ao entrar na faculdade, é vítima de um "trote" em que beijos novamente voltam a acontecer e, se já estava perdido antes, depois disso é que não sabe mesmo para onde ir.

Ingrid, que estuda na mesma faculdade, fica interessada em Daniel e eles começam um romance. Ele percebe que não há futuro, pois não consegue sentir atração por ela. Porém, com receio de assumir a sua orientação sexual, por medo dos julgamentos e, claro, de machucar os sentimentos de Ingrid, insiste nessa relação com uma máscara que usa até para si mesmo.


"E depois eu não conseguia mais pregar os olhos, já que o medo era, muitas vezes, muito maior do que o sono."


E adivinhe quem volta à cena? Bernardo! E ele é quem vai conseguir entrar na cabeça de Daniel e tentar fazê-lo enxergar que, apesar de ser difícil, é bem melhor e menos sofrido ser ele mesmo e parar de fingir para o mundo que é heterossexual.

Descoberta de si mesmo, bullying, covardia, homofobia e muitas outras polêmicas estão presentes nesse drama que, em alguns momentos, me tirou o fôlego.

"Eu tenho que manter a pose de machão e deixar claro que só fiz aquilo pelo dinheiro. Funcionou até agora."


Uma cena chocante do livro é quando Daniel assiste (e narra para o leitor) a agressão a um homossexual, simplesmente pela sua orientação sexual e, apesar de eu já ter lido vários relatos semelhantes (e infelizmente reais), senti o meu coração apertado por saber que pessoas fazem tanto mal às outras sem qualquer motivo, provocação ou justificativa. 

O livro é um romance LGBT que ensina muito ao leitor sobre as reações das pessoas e o que alguém passa ao assumir a sua homossexualidade em todas as esferas da sua vida.

Da reação inesperada de sua família a "amigos" nada agradáveis, como Gustavo, Daniel sofre bastante em busca de entender o que acontece dentro e em torno de si.

Tive vontade de ser um ombro amigo na vida do personagem principal, de apoiá-lo durante esse caminho tortuoso por que passou, até perceber que viver de mentiras não lhe faria feliz.

"Como negar com aquele sorriso que derruba todas as minhas defesas? Algo maior está sendo criado entre nós e eu estou gostando disso."


O final do livro é surpreendente, doloroso, desesperador. Já estou morrendo de curiosidade pela continuação!

Li o e-book e não encontrei erros. A narração em primeira pessoa facilita o entendimento dos sentimentos e pensamentos do personagem principal.

A escrita do autor é fluida e dinâmica e o ritmo da leitura faz com que o leitor não queira desgrudar os olhos em momento algum.

Robson Gabriel com certeza é mais um talento na literatura nacional que lida com bastante competência de um tema complexo e difícil de ser trabalhado!



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22 de maio de 2017

[Lançamentos] Editora Coerência - Maio/2017


Oie, queridos!

Hoje trago os lançamentos do mês da Editora Coerência.

Nesse mês de maio a editora conta com dois ótimos lançamentos, vamos conhecê-los?


PARA ONDE IREMOS?
Autor: João Borges CH. S.

Destino, meta, lugar onde se deseja chegar. É comum vivermos sem saber exatamente para onde estamos indo, porém, não é normal, diz o autor. Ninguém compra uma passagem para lugar algum.Para onde iremos? É um livro que aborda os aspectos mais importantes da caminhada da vida. Entre elas a família, caráter e a mais importante de todas as questões: Qual destino você quer chegar? Para João Borges Ch. S. “A Caminhada é tão importante quanto o destino”. Não basta simplesmente saber o destino é importante conhecer a caminhada e fiscalizar a bagagem que carregamos nessa viagem, pois, no final dela, ou estaremos eternamente juntos de Deus, autor da vida e fonte de toda existência, ou estaremos eternamente separados dEle.
Como podemos então garantir que nossa caminhada nos leve para onde realmente precisamos ir? E ai, o que te impede de chegar onde você deseja chegar? E como ultrapassá-lo? O autor desenrola o tema e faz um xeque-mate mostrando o caminho para restauração e o porto seguro.



A DEUSA DA GUITARRA
Autora: Sasha Marshall


Minha história não é para quem tem coração fraco. Ela é repleta de lindos empecilhos e tragédias que beiram a aflição. Eu nasci no mundo do rock-n-roll, era uma mera menina, que só queria ter sua própria cara de guitarra. De alguma forma, entre amplificadores, acordes e guitarras, encontrei o meu lugar. Nasci para criar música e fazer a multidão ficar de joelhos… até ser interrompida. Até o momento em que, pensar em fazer parte disso tudo, sem a presença dele, me causava náuseas.

Pensei que pudesse fugir do rock-n-roll, mas não consigo. Meu irmão é um rock star, e todos os nossos amigos fazem parte dessa indústria. De uma forma ou de outra, tenho o pressentimento que serei sugada de volta, apesar de temer não sobreviver. Talvez eu tenha mais chance de sobreviver ao rock-n-roll do que de sobreviver ao Jagger Carlyle. Jag é o melhor amigo do meu irmão, vocalista principal e guitarrista da banda Broken Access. Eu o amo desde menina, mas a indústria da música e o meu medo de rejeição, me impediram de assumir esse sentimento por todos esses anos. Quando as faíscas começam a inflamar e o mundo se empenha em nos separar, chego a pensar se o amor será o bastante.

Minha história te fará chorar, seja por tristeza, ou por causa do Kip. Basicamente, Kip é um idiota, mas ele é o meu melhor amigo. Ele tem o hábito de me acordar com filmes pornográficos europeus ridículos, e tem o dom de dizer as coisas mais inadequadas. À noite, é baterista; durante o dia é meu parceiro de crime. Eu deveria ter me apaixonado por ele, mas ele nunca cala a p***a da sua boca. Ele sempre foi o meu porto seguro, e, quando meu coração é partido em dois pelo Jagger, é Kip quem fica ao meu lado.

A Deusa da Guitarra ganhou dois prêmios SIBA, o segundo lugar como melhor romance independente de Humor e segundo melhor New Adult. Ele é o primeiro volume de uma série, com uma forte protagonista, bad boys e muito rock. Não se trata de um romance clichê com rock stars; ele te levará a uma nova aventura, diferente de tudo o que você já viveu. Se você procura por uma história de redenção, com alívio cômico e conteúdo altamente sensual, você encontrou o que procurava. Se você se ofende com rock stars tatuados, sensuais, e com linguagem vulgar, esse livro não é para você. Leitura inadequada para menores de 18 anos. A série possui conteúdo sexual, violência e linguagem inapropriada.

Fiquem de olho! A Editora está sempre com ótimas promoções!

Beijos e até a próxima


20 de maio de 2017

[Entrevista] Patrícia L Boos

Olá, queridos leitores!

No post de hoje, o Blog Pacote Literário traz uma entrevista especial com a autora parceira do blog Patrícia L  Boos!



Vamos conhecer um pouquinho mais sobre ela?!


1 - Quem é Patrícia L Boos?

R: 
Sou uma garota que sabe fazer muitas coisas, sou escritora, leitora, desenhista, gamer, costureira, pseudo-estilista, modelista, entre outros. Sonho alto demais, mas nunca deixo de lutar pelo que quero (ou deixo, sim já desisti de muitas coisas haha).
Minhas duas grandes paixões são jogos e livros, sou uma pessoa calma (até demais), porém implosiva, fazer o que? Ninguém é perfeito haha.
Busco arduamente no momento lançar meu livro chamado Yes, My Lady (E zerar Assassins Creed 3, terminar minhas encomendas de desenho, ficar rica) que com tantas divulgações maravilhosas do Pacote Literário, vocês já devem conhecer!
O livro já está à venda no site da Editora Multifoco, espero que vocês continuem me acompanhando e gostem da história que preparei para vocês ♥
A introdução ficou muuuitooo grande e eu nem sou falante assim na vida real.


2 - Quando e como começou a escrever?

R: 
Eu já fui Otaku, por esse motivo eu escrevia Fanfics de animes que eu assistia, isso com 12 anos. Depois escrevi uma Fanfic pequena chamada “Yes, My Lady” e bom, mais tarde e por culpa do meu marido, ela virou um livro de mais de 800 páginas (Yeeeey).


Entretanto, comecei a escrever com uns 10 anos, não me lembro bem.
Foi essa idade e como comecei.


3 - Tem algum autor que considere uma referência para o seu trabalho como escritora?

R: Olha, eu adoro muitos autores, entre eles estão Kiera Kess (como não se ama essa mulher?), a Ananda Veloso ♥ Juliana Daglio, Fabi Zambelli, Dáfne Freitas e bom, o principal, o que mais me motiva é o Yan Boos, meu marido, que cá entre nós escreve maravilhosamente, MESMO que não tenha lançado nada (ainda).

4 - Fale um pouco sobre "Yes, My Lady”

R: Yes, My Lady é uma coisa bonitinha e triste ao mesmo tempo. Veja bem, eu sou uma pessoa do lado negro da força (vocês vão ver e vão concordar) por isso, talvez eu arranque lágrimas das pessoas.

Enfim, meu livro se passa na Era Vitoriana numa cidade de que fica a alguns quilômetros de Londres.
Na Rua Watford, existe a mansão dos Muller e dentro dela uma família “meio” caótica. Patrícia Muller e seu padrasto Reginald Becker.

Patrícia perdeu sua mãe quando criança e desde então seu padrasto se revelou um homem amargurado e violento. Reginald a espanca quando bem entende e a vida da moça tem sido um inferno.

Certo dia, a mando de seu padrasto ela vai até a mansão dos Blackmore, lugar onde se podia contratar mordomos e maids (empregadas) para as necessidades pessoais e caseiras.
Desafiada por sua prima, Patrícia contrata um mordomo chamado Yan contrariando a ordem de seu pai que era de que contratasse uma maid.

Foi aí que sua vida REALMENTE se tornou um inferno.
Yan é um rapaz sério e comprometido com as regras que sua profissão impõe (e são muitas), mas não consegue ficar indiferente aos maus tratos contra Patrícia e passa a protege-la.

Ao passo que eles se conhecem e se aproximam, Patrícia se vê apaixonada pelo mordomo e não é correspondida, pois este é um amor com toda a certeza impossível.
Desamparada por tudo e todos a moça vive seus dias em dor, paixão unilateral e medo.
Se o destino tecerá algo de melhor ou pior cabe a vocês descobrirem ;3.

resenha aqui

5 - Tem algum personagem favorito em algum de seus livros ou um com quem mais se identifique?

R: Meu personagem preferido é o Yan, eu sou apaixonada por ele (Ele é o meu marido) Então, a Patrícia Muller sou eu (É claro, só quem fica com meu marido sou eu ueheuheuehue) então o que ela é, eu sou (ou quase).


6 - E quanto às características dos personagens, você se inspirou em alguém que conhece?

R: Yan e Patrícia são inspirados completamente em mim e no meu marido (Aliás, somos nós, não são “personagens”, somos nós) quanto aos outros,  a história de amor entre Victória Muller, a avó da Patrícia e o avô (me esqueci do nome dele haha) é inspirada nos meus avós.

Quanto ao resto a maior parte dos outros são criações.


7 - Qual o seu próximo projeto?

R: Meu próximo projeto que está em execução é o fechamento da Trilogia Yes. Se chama Yes, My Lord. Não é continuação de Yes, My Lady, mas na mesma linha. Ele mostra o ponto de vista do empregado e não do patrão.


Fechamento da Trilogia por que Yes, My Lady é tão grande que foi dividido em dois, então é Yes, My Lady parte 1, parte 2 e Yes, My Lord \o/


8 - Deixe um recadinho aos nossos leitores.

R:  Gostaria primeiramente de agradecer ao Blog Pacote Literário, que sempre divulga o meu trabalho com seus posts maravilhosos, obrigada pelo carinho e dedicação.


A todos que me acompanham queria dizer que agradeço por todo o carinho, interesse e dedicação para comigo, o Yan e a Patrícia.

Existiram muitas reviravoltas, muitas lágrimas, muita vontade de desistir até que eu chegasse aqui e além do meu marido e da minha irmã (Dara Costa, amo você ♥), vocês todos também foram um porto-seguro para que eu continuasse aqui firme e forte. Yes, My Lady está sendo impresso neste exato momento e logo estará na minha casa, pronto para o lançamento.

Pretendo preparar surpresas para todos os que comparecerem no lançamento e para quem não puder também, ninguém pode ficar de fora.

Mais uma vez obrigada por todos que me acompanham até aqui, eu adoro cada um de vocês!

Me chamem nas redes sociais para conversar sobre o livro, sobre a vida, o que quiserem, estarei aqui para tentar retribuir todo o carinho e força que todo mundo tem me dado até agora.

Desculpe se esse “recadinho” ficou muito grande huehe, eu poderia escrever para vocês o dia todo.
Obrigada e tenham um bom dia/tarde/noite patrões!.





Patrícia, o Blog Pacote Literário agradece imensamente pela entrevista concedida e deseja muito sucesso em sua carreira como escritora, pois talento você tem sobra!!!



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