31 de dezembro de 2017

Livros & Esmaltes #42

Olá, leitores queridos!


Hoje é dia nossa coluna quinzenal "Livros & Esmaltes", em parceria com o blog da querida Clauo, o MãeLiteratura.



Como vocês podem ver, antecipamos um pouquinho o post porque, por ser o último dia desse ano de 2017, estabelecemos o tema "unhas de ano novo" e o resultado está logo abaixo!

Minhas Escolhas: Da cor da esperança, escolhi o Veratrum da Penélope Luz, marca com pigmentos brilhantes e de boas cobertura e fixação. A leitura é "Gorda não é palavrão", um relato sincero da modelo plus size Fluvia Lacerda, do qual estou gostando bastante.


Escolhas da Fernanda: "Para passar o ano escolhi o azul, e os esmaltes são o  Pancadão, da Lorrac e o Algodão Doce, da linha Circo da DoteO livro pra fechar o ano é Dias de Despedidas, de Jeff Zentner, uma leitura bastante sensível sobre amizade, luto e superação.”



Escolhas da Claudia: "Eu queria um esmalte em tom prata, por isso escolhi o Mil purpurinas da Risqué, ele é muito lindo, mas seu brilho não apareceu muito na foto. O livro é o delicioso Princesa adormecida, da Paula Pimenta. Primeiro livro que li dela e amei, é leve e divertido. Recomendo ambos."


E dessa vez, tivemos duas participações especiais!

Escolhas da Adriana: "Essa será minha primeira leitura pra 2018: Paixão e vingança, de Armando Fernandes de Oliveira. É um romance espírita que relata a história de um assassinato, cujos personagens vivem uma bem urdida trama de mistério e suspense, levando o leitor a sentir vontade de conhecer, por antecipação, o seu desfecho final (resumo da contracapa). Os esmaltes usados são: 25 da Lorrac Cosmetic e o Ultimate Glitter More or Less da Top Beauty.


Escolhas da Letícia: "Esmalte e livro australianos (ainda estou no início da leitura), para começar 2018 com muita energia."


E aí? Gostaram das nossas escolhas para fecharmos 2017 com chave de ouro? Já conheciam algum dos livros e dos esmaltes escolhidos?

Para quem quiser participar, bastar enviar um e-mail com a foto do livro e esmalte para: pacoteliterario@gmail.com. 

Nada melhor que juntar nossas paixões e mostrar aos amigos e leitores!

Ficaremos felizes com a sua participação!!

Desejamos um FELIZ 2018 a todos e até a próxima!











29 de dezembro de 2017

[Resenha] Mrs. Dalloway


MRS. DALLOWAY
Autora: Virginia Woolf
Editora: Penguin - Companhia
Ano: 2017
Páginas: 235

Livro cedido em parceria com a editora


SinopseObra mais famosa de Virginia Woolf, Mrs. Dalloway narra um único dia da vida da famosa protagonista Clarissa Dalloway, que percorre as ruas de Londres dos anos 1920 cuidando dos preparativos para a festa que realizará no mesmo dia à noite. Pioneiro na exploração do inconsciente humano por meio do fluxo de consciência, Mrs. Dalloway se consagrou tanto pelo experimentalismo linguístico quanto pelo retrato preciso das transformações da Inglaterra do períodoentre guerras. Misto de romance psicológico com ensaio filosófico, este livro resiste a classificações simplistas e inaugura um gênero por si só. Precursor de algumas das maiores obras literárias do século XX, este romance é uma leitura incontornável que todo mundo deve fazer ao menos uma vez na vida.





Olá! A resenha que trago hoje para vocês é de Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf!

Clarissa Dalloway vai dar uma festa em sua casa, e decide que ela própria irá comprar as flores para enfeitar o ambiente.

Com o firme objetivo de encontrar tais flores, Clarissa percorre as ruas de Londres e passa por diversos lugares, indo ao encontro de outros tantos personagens de uma vida aparentemente bem cotidiana. Por esses caminhos e por todas as histórias de vida de cada um, vem à mente de Clarissa o questionamento sobre suas escolhas e a vida que construiu até sua idade já madura.




Ela tinha muitas expectativas na juventude, sobre si e sobre os amigos, mas decidiu casar-se com Richard, notável membro do parlamento britânico e da sociedade londrina, e, irremediavelmente, ter uma vida completamente tradicional; como a mulher de um ilustre homem, mãe e cuidadora da casa.

Nesse dia ,de inúmeras reflexões, ela pôde notar que seus sonhos e desejos foram todos sufocados pela segurança de uma vida ortodoxa. Vem à sua memória a figura do antigo namorado; tão aberto ao novo, detentor de perspectivas promissoras, para acalentar seu coração.

Peter Walsh, enigmático e inconclusivo, ainda busca por resultados de sua personalidade inovadora, numa juventude estagnada que pensa não ter perdido.

Septimus Warren Smith é um veterano de guerra, que sofre com um desequilíbrio mental devido aos horrores que vivenciou e à morte de seu parceiro e amigo Evans, o qual enxerga a todo momento durante seus delírios.

Há também a amiga Sally Seton, que Clarissa sempre teve por exemplo de coragem; por desafiar as condutas tradicionais, sendo despojada, fumando charuto, mas que agora, ao revê-la na festa, se encontra casada e com cinco filhos.

Quase todos os personagens, elencados durante o dia de preparativos para a grande festa, se encontram reunidos em torno de Clarissa, bem como suas expectativas e anseios da juventude, em contraste com a realidade daquilo em que cada um se tornou.

A tônica da narrativa se refere às frustrações dos ideais não alcançados pela escolha de uma vida segura e insossa, mas sem percalços. E sobre o preço a se pagar ao controverter as normas de conduta aceitas numa determinada época.





Levanta temas sobre o amor e as doenças mentais, ou da alma, adquiridas pela supressão das emoções.

Virginia Woolf parece colocar nesse texto um pouco de suas próprias dores, evidenciando o estigma do sofrimento das mulheres de seu tempo, conduzidas a uma vida protocolar, das quais se esperava sempre um comportamento padrão.

A narrativa acontece de forma constante, sem marcações de capítulos; os pensamentos e memórias transferem-se entre os personagens, de uma mente para a outra, sublinhando as percepções e angústias de cada um.

No início é um pouco difícil se localizar na história, já que surgem vários personagens, e a autora segue descrevendo seu deslocamento pela cidade como se todos já conhecessem os moradores. Claro fica seu protesto, ou grito de socorro, para aqueles que estão em agonia e sofrem pelo rumo que sua vida teve de seguir.



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27 de dezembro de 2017

[Resenha] As Fúrias Invisíveis do Coração


AS FÚRIAS INVISÍVEIS DO CORAÇÃO
Autor: John Boyne
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2017
Páginas: 536

Livro cedido em parceria com a editora


SinopseCyril Avery não é um Avery de verdade ou, pelo menos, é o que seus pais adotivos lhe dizem. E ele nunca será. Mas se não é um Avery, então quem é ele? Nascido nos anos 1940, filho de uma jovem solteira expulsa de sua comunidade e criado por uma família rica irlandesa, Cyril passará a vida inteira à mercê da sorte e da coincidência, tentando descobrir de onde veio — e, ao longo de muitos anos, lutará para encontrar uma identidade, uma casa, um país e muito mais. Além das incertezas de sua origem, ele tem de enfrentar outro dilema: é gay numa sociedade que não admite sua orientação sexual. Autor do best-seller O menino do pijama listrado, John Boyne nos apresenta à sua maior empreitada literária até então, construindo uma saga arrebatadora sobre aceitar-se e ser aceito num mundo que pode ser cruelmente hostil. Uma leitura necessária para os dias de hoje, que reitera o poder do amor, da esperança e da tolerância.




Olá!!

E aqui estou eu novamente com a resenha de um autor que gosto muito. 

Este livro foi uma experiência diferente com os livros do Boyne e eu gostaria de dividir minhas impressões.

O livro gira em torno da vida de Cyril, desde seu nascimento em 1945 até os dias de hoje, na conservadora Irlanda do Norte. 




Logo no início da leitura já nos deparamos com as dificuldades que viriam pela frente. A mãe de Cyril, Catherine, uma jovem de 16 anos, engravida e é expulsa pelo padre da paróquia do vilarejo onde morava.

Sem saída, ela parte para Dublin, onde pretende trabalhar até dar a luz e depois colocar o filho para adoção. E assim, enfrentando várias dificuldades pelo caminho, ela cumpri com seus planos.

Cyril é adotado por Charles e Maude, um banqueiro e uma escritora. Apesar de todo conforto e boa educação, o casal sempre fez questão de deixar claro ao menino sua situação de adotado e de não fazer parte da família Avery.

Mesmo vivendo em um lar pouco amoroso, Cyril segue em frente. Até que, aos 7 anos, ele conhece Julian, que viria a se tornar seu melhor amigo. Só que, Cyril percebe que existe algo mais de sua parte, o que acaba se confirmando mais para frente, quando ele se descobre gay. 

A partir daí, Cyril irá travar uma luta intensa consigo mesmo, tentando calar seus desejos dentro de um país absurdamente irredutível nessas questões. Ele passa a viver de forma camuflada, se expondo a todos perigos e doenças, nessa batalha contra sua verdadeira natureza.


"...Precisava voltar para casa, não tinha por que ficar lá. Uma coisa era certa: aquilo tinha sido o fim. Não haveria mais homens, não haveria mais garotos. Só mulheres dali por diante. Eu ia ser como todo mundo. Eu ia ser um cara normal nem que isso me matasse."

A história aborda a homossexualidade de forma séria, brutal e por vezes tenta dar um toque mais leve em alguns pontos, apesar de toda mostra de preconceitos passados por Cyril e muitos outros. 




Os personagens são muito bem construídos, sobretudo Cyril e sua mãe Catherine. Dois personagens na contramão de uma cultura fechada e fortes o suficiente para enfrentá-la.


"Nada nunca vai mudar naquele país de merda. A Irlanda é um lugarzinho atrasado comandado por padres desalmados, mal-intencionados e sádicos e um governo tão subserviente àbatina que praticamente é levado por aí de coleira."

Temas como bullying, AIDS, relações abusivas também são retratados durante o enredo, proporcionando cenas fortíssimas de arrasar o coração, e claro, reflexão.

Essa foi de longe uma leitura diferente para mim dentro do que já tinha lido do autor e com certeza, uma verdadeira experiência.

A escrita do autor é impecável, com um fundo histórico muito bem descrito. 

A edição está linda e a capa é perfeita!

Se recomendo? Claro!!!!



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26 de dezembro de 2017

[Série Indicação] Friends



Olá pessoal!

Hoje é dia de clássico aqui no blog! O tema desse mês é uma das produções da TV norte-americana de maior sucesso nos últimos anos e, provavelmente, o título mais conhecido por fãs de séries... Sim, estou falando de Friends! Exibida originalmente pelo canal NBC entre 1994 e 2004, ainda hoje os episódios podem ser assistidos em canais a cabo (Warner Channel) e plataformas de streaming (Netflix).

Friends é uma sitcom ("comédia de situação") por excelência e acompanha um carismático grupo de seis amigos na movimentada Nova Iorque; o dia-a-dia do grupo é apresentado de forma bastante divertida, mostrando tudo o que há de melhor (e de pior) em ser um jovem adulto na famosa Big Apple.


Rachel (Jennifer Aniston) é a mocinha mimada que tem que aprender a viver sem o apoio financeiro dos pais, enquanto Monica (Courteney Cox) é a amiga sistemática e compulsiva. Ross (David Schwimmer) é irmão de Monica e é o nerd da turma; Chandler, por sua vez, é amigo de Ross da época da faculdade e não poderia ser mais irônico. Joey (Matt LeBlanc) mora com Chandler (Matthew Perry) e é um aspirante a ator com um talento questionável. Por fim, Phoebe (Lisa Kudrow) é a alternativa e vegetariana, com inclinação para música e questões da natureza.

Os motivos que fizeram Friends tão popular são inúmeros, mas uma das principais razões está na química entre os protagonistas. As relações entre os personagens se tornaram muito críveis com o desenrolar do enredo, o que foi a base para o desenvolvimento de todos os arcos de história da série. O roteiro de Friends também sempre foi um ponto que rendeu elogios dos críticos, tido como consistente ao longo de todas as temporadas.


Muito premiada nos anos em que esteve originalmente no ar (seis Emmy e um Golden Globe, além de vários outros prêmios), Friends é um ícone quando o assunto é TV norte-americana. Se você é fã de séries e nunca assistiu essa obra-prima, agora é o momento de iniciar a maratona! (Mas lembre-se de comer e dormir de vez em quando, afinal de contas são 10 temporadas e 236 episódios.)



E vocês, o que acham de Friends? Contem pra gente nos comentários.


Boas festas a todos!







22 de dezembro de 2017

[Resenha] O livro das listas

O LIVRO DAS LISTAS
Autor: Renato Russo
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2017
Páginas: 220

Livro cedido em parceria com a editora




Sinopse: Além de artista compulsivo, dotado de uma criatividade sem limites, Renato Russo era também um ávido consumidor de toda forma de arte. Durante sua vida breve e produtiva, entre um palco e outro, estúdios e turnês, o líder da Legião Urbana usou todo seu tempo livre para descobrir novas obras e revisitar as que amava. Discos, livros, filmes, artistas e referências variadas eram rapidamente integradas ao vasto repertório de Renato, que organizava seu pensamento criativo por meio de listas, muitas listas. Feito a partir das anotações do artista, até hoje inéditas ao público, este livro apresenta um panorama de suas grandes influências acompanhadas de informações acerca dos artistas e obras mencionadas. Reveladoras dos temas de interesse que podem ter influenciado as composições de Renato, as listas não apenas serviam para classificar o que ele já conhecia e para indicar o que ele ainda pretendia ler, ouvir, assistir e viver, como também são uma forma de conhecer o processo criativo de um dos grandes nomes da cultura popular brasileira.




Essa resenha será feita de forma diferente, pois se trata de um livro bastante original e diverso de tudo o que já li.

É uma reunião de memórias de Renato Russo, um dos maiores compositores do estilo pop rock que o Brasil já teve.




Como vocalista da Banda Legião Urbana, Renato fez história com músicas como "Pais e filhos" e "Que país é este?", regravada por outros artistas posteriormente.

Sofia Mariutti, Tarso de Melo e Bia Abramo, os organizadores da obra, trabalharam muito bem na captação de dados, anotações e outros detalhes sobre a vida desse grande gênio.

De personalidade forte, à época em que iniciava sua carreira como músico, Renato Russo passava seus dias entre a faculdade, os ensaios e seu quarto, que era onde se dedicava às suas referências humanas e musicais.



"Eu mesmo não sabia tocar. Fiquei um ano pra tirar 'Blackbird', dos Beatles. Era muito, muito difícil. Até que apareceram os Pistols, fazendo três acordes e falando: 'Olha, vocês podem pegar um instrumento e fazer três acordes.' E era isso que a gente fazia." (Renato Russo)

Quando menciono referências "humanas", quero dizer que, ao ter conhecimento dos artistas, escritores e bandas que inspiravam Renato, tenho certeza de que não o influenciaram apenas na sua obra, mas principalmente no ser humano que era: questionador, que propunha a aceitação das diferenças, que lutava pelas minorias, dentre outras características típicas de quem lê e escuta mentes revolucionárias.





De forma minuciosa, o leitor é conduzido por listas que o cantor fazia (por isso o nome do livro). Desde listas com as que considerava as melhores músicas do mês, a listas do que precisava fazer durante determinado período, conhecemos um pouco mais sobre a história de Renato Russo. 

Percebemos que suas maiores referências musicais vieram do rock internacional e, por eu não ter o hábito de ouvir esse gênero musical, confesso que fiquei um pouco perdida em alguns momentos.




Porém, os organizadores foram além das listas e introduziram muitas informações a respeito de cada uma dessas referências, que não se encontram apenas na música, mas também nos cinemas e nos livros.


"Teve uma época em que li muito Thomas Mann... Mas, espera aí! Isto pode parecer que eu sou pedante, citando esse pessoal. Eu não fico trancado em casa lendo Mann, não é isso." (Renato Russo)


Assim, pude mergulhar pelo mar de inspirações de Renato Russo e posso garantir que, como amante dos livros e dos filmes, terminei a leitura e acrescentei muitos títulos às minhas respectivas listas.

Como fã do compositor e da banda, posso garantir que se trata de uma excelente leitura não apenas para quem curte a banda em si, mas para todos que gostem de música, cinema, literatura e, claro, para mentes revolucionárias.





A edição da Cia das Letras merece um capítulo à parte: está perfeita! As listas são originais, com a letra e desenhos feitos pelo próprio Renato. Também encontramos muitas fotos das pessoas, bandas, capas de livros e filmes das referências do cantor.


"Atualmente, eu também leio coisas 'B' - Stephen King, ou então biografias, da Glória Swanson, do Cecil B. De Mille." (Renato Russo)

O livro tem um tamanho um pouco maior que o normal, mas compreendo que seja necessário para que fosse possível reproduzir os citados originais de forma legível. As páginas amareladas e a fonte utilizada são confortáveis à leitura.

Leitura recomendadíssima!





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20 de dezembro de 2017

[Entrevista] Mallerey Cálgara

Olá, leitores queridos!

No post de hoje, o Blog Pacote Literário traz uma entrevista especial com a autora parceira do blog que, com muito carinho, nos atendeu, Mallerey Cálgara!



Vamos conhecer um pouquinho mais sobre ela?!

1 - Quem é Mallerey Cálgara?
R: Sou uma pessoa tranquila, mas não muito paciente. Gosto de assistir animes e doramas, e detesto filme de terror. Amo ler! Leio muito. Adoro artesanato e bordo nas minhas horas vagas. Mãe coruja da Nanda e apaixonada pelos meus filhos de quatro patas.

2 - Quando e como começou a escrever?
R: O meu primeiro trabalho foi publicado no de 2011. No início, a escrita era apenas um passa tempo, uma terapia, mas tomei verdadeiramente o gosto pelos mundos que criei. Desde então, não consegui mais parar.

3 - Tem algum autor que considere uma referência para o seu trabalho como escritora?
R: Admiro tantos autores que seria difícil mencionar aqui.

4 - Percebi que escreve em vários gêneros literários, tais como drama, ficção, humor, aventura, fantasia. A escrita varia de acordo com a inspiração do momento ou você estabelece o estilo antes de começar a escrever cada um deles?
R: Não estabeleço um gênero para escrever, a inspiração surge e a coloco no computador. O que acontece muitas vezes é que tenho mais ideias do que tempo para desenvolvê-las, mesmo assim, não deixo escapar nenhuma. Já cheguei a escrever dois livros de estilos diferentes ao mesmo tempo, como estou fazendo no momento. Porém, à medida que a trama vai desenrolando, o meu humor toma um lado e esse trabalho acaba sendo concluído primeiro, seja ele drama, fantasia ou humor.

5 - Fale um pouco sobre “Beco da Ilusão”.  
R: Beco da Ilusão está sendo até o momento o livro mais difícil que já escrevi. Demorei mais de quatro anos para concluí-lo. Durante o processo, passei por várias fases; pensei em desistir, deletar ou simplesmente acabar logo para me ver livre dele. Quando a ideia surgiu, não imaginei que iria expandir tanto. A princípio, era fazer um romance tendo como pano de fundo a Segunda Guerra Mundial. Algo simples, não muito complicado. Isso aconteceu, mas terminei me envolvendo demais com as pesquisas e foi tomando outras proporções, chegando a mexer com o meu psicológico. Chorei, chorei muito para ambientá-lo na época mais triste da história da humanidade, com seus campos de concentração e todas aquelas famílias que tiveram o registro de suas vidas apagadas. Hoje, eu vejo que valeu a pena cada lágrima derramada e que não foram em vão, pois peguei todas essas emoções que senti e as coloquei no texto. Para mim, o resultado final foi bem satisfatório e espero que o leitor pense o mesmo.


6 - Tem algum personagem favorito em algum de seus livros ou um com quem mais se identifique? 
R: Não. Eu gosto de todos, gosto mesmo. Até daqueles chatos ou dos vilões. Acredito que em todos os personagens tem sempre algo do escritor, mesmo que seja só 1%, diluídos nos momentos de fúria, de alegria ou de amor. Alguma palavra não dita no passado ou um pensamento do futuro. Eles são meus alter ego, como não gostar deles?

7 - Quanto às características dos personagens, você se inspirou em alguém que conhece?

R: São todos personagens fictícios, embora não possa dizer que suas personalidades são 100% inventadas, pois sempre tem um tique de alguém conhecemos ou uma situação vivenciada no passado. Muitas vezes são coisas que ficaram em nossa memória sem nos darmos por conta, mas que no momento da escrita se revela.

8Qual o seu próximo projeto?

R: Estou desenvolvendo dois projetos paralelos: um é drama e outro é de humor. Ainda não sei lhe dizer para qual lado a balança vai pesar, por isso nem me atrevo a arriscar.

9 - Deixe um recadinho aos nossos leitores.

R: Agradeço imensamente a todos os leitores pelo carinho e apoio recebidos diariamente, isso só faz aumentar mais a vontade de escrever. Um agradecimento especial a Karla Samira pelo convite e o espaço concedido no blog Pacote Literário, para divulgação do meu trabalho. Fiquem com Deus e bjusssss.


Mallerey Cálgara, o Blog Pacote Literário agradece pela entrevista, reitera nossa admiração pelo seu trabalho e lhe deseja muito sucesso !!!



15 de dezembro de 2017

[Filme] Lion - Uma jornada para casa



Gênero: Drama/Biografia
Ano: 2016
Elenco: Dev Patel, Rooney Mara, Nicole Kidman, David Wenham, Sunny Pawar, Priyanka Bose, Tannishtha, Nawazuddin Siddiqui


Dirigido por Garth Davis, o filme é baseado em uma história real e nos conta a história de uma criança indiana, de nome Saroo, que insiste em acompanhar seu irmão mais velho em uma noite de trabalho e se perde na estação de trem localizada em Calcutá.


Saroo, aos 5 anos de idade, tenta com todas as suas forças, voltar ao seu lar, mas tem um destino que pode ser considerado cruel aos olhos da maioria dos espectadores: perdido pelas ruas, é enviado ao sistema de adoção.



Essa parte do filme é maravilhosa, pois mostra todos os sofrimentos por que passam as crianças de rua em geral, além dos obstáculos específicos de uma cidade com uma cultura muito diferente da que estamos acostumados.

Não posso deixar de ressaltar a atuação de Sunny Pawar que, ainda criança, me arrancou suspiros e encenou brilhantemente um papel com a despreocupação típica da infância e, ao mesmo tempo, o peso do drama de ter se perdido.

Saroon foi enviado para adoção por uma família australiana e o filme nos mostra todos os detalhes da chegada e da adaptação dele ao novo lar.



O filme dá um salto no tempo e nos mostra Saroon já adulto, em festas de faculdade até que, dentro de um relacionamento amoroso, certo dia, tem contato com algo que o relembra de sua infância.

A partir desse momento, se inicia uma grande busca de informações para que possa conseguir voltar ao local onde nasceu e rever seu irmão e sua mãe biológicos.



Essa busca é instigante e, ao mesmo tempo, triste, pois não temos esperanças de que ele realmente consiga, com tão pouca idade, relembrar tantos aspectos e detalhes que possam fazê-lo voltar para casa.

Lion é um filme que mexe com nossos corações do início ao fim, com dramas familiares fortíssimos e a busca incansável pelo passado.

O final é simplesmente de tirar o fôlego e, claro, me arrancou lágrimas, me fez amar o filme e refletir sobre diversos aspectos da vida!



Na opinião da maioria dos críticos, Lion não teve uma produção digna das indicações ao Oscar 2017, que foram 6: melhor filme; melhor ator coadjuvante, para Dev Patel; melhor atriz coadjuvante, para Nicole Kidman; melhor roteiro adaptado; melhor trilha sonora e melhor fotografia.

Tendo assistido à maioria dos filmes indicados ao Oscar desse ano, posso dizer com firmeza que discordo de tais críticos: este filme mereceu cada uma das indicações e é mais um que merecia o Oscar de melhor filme, tanto pelo assunto retratado, quanto por ser uma história real que, da forma como foi dirigido, nos comove do início ao fim!

E você, teve já assistiu ao filme? Gostou dos detalhes mencionados? Conte-me abaixo, nos comentários!






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