27 de março de 2025

Resenha: As pulgas

 


Bora falar sobre livros?

Hoje venho falar sobre a minha leitura de "As Pulgas", de @vfsampaio

publicado pela @editoraasesdaliteratura , recebido em parceria com a @oasyscultural

Aqui conhecemos Roberto, nosso protagonista ímpar que está em um supermercado e, de repente, começa a sentir uma coceira enorme e desconcertante.

Nas sessões de terapia de Roberto, descobrimos um pouco da sua vida, toda a sua trajetória desde a infância, com suas angústias, traumas e as tentativas infrutíferas de buscar a felicidade.

Nesse ponto, preciso mencionar que o autor, Doutor em Psicologia, traz uma brilhante metáfora, relacionando a coceira de Roberto a todas as questões incômodas e ainda não resolvidas no coração e na mente do personagem.

E assim, se descortinam vários aspectos de Roberto, inclusive a sua criação, onde não faltaram episódios de hipocrisia, racismo, homofobia e perdas importantes para alguém tão jovem.

A história passa marcando o leitor, que passa a refletir sobre sua própria história, com toda a inteireza humana, seja nas dores e traumas, no abandono ou nas memórias.

O autor optou por revezar a escrita entre primeira e terceira pessoas, o que fez com que eu me perdesse algumas vezes, mas nada que reler com um pouco mais de atenção não resolvesse.

Um livro que traz tensão e incômodo e nos faz repensar no quanto nossas atitudes refletem no outro.

Assim, como não poderia deixar de ser, recomendo a leitura.

E você, curte essa pegada de leitura? Aguçou a curiosidade? Me conta aqui embaixo!




24 de março de 2025

Resenha: A empregada

 



Bora falar sobre livros? 

"A empregada", primeiro livro da série publicada pela @editoraarqueiro traz a história de Millie, que começa a trabalhar como empregada doméstica na casa de uma família.

O casal que é patrão de Millie exige que ela, além de preparar as refeições e buscar a filha do casal na escola, limpe a bagunça que, frequentemente, é deixada pela dona da casa, Nina.

Fechada em seu quarto minúsculo, Millie revela ao leitor um pouco de de seu passado sombrio e sofrido.

Nina, apresenta comportamentos estranhos e Millie começa a refletir sobre os motivos disso, afinal, ela tem "tudo": uma família, bastante dinheiro, uma casa linda - e um ótimo marido. E é então que Millie passa a cobiçar a vida de sua patroa.

A autora desenvolve a trama com maestria, incluindo reviravoltas imprevisíveis e bastante angustiantes. 

A meu ver, os personagens são desenvolvidos de maneira muito humana, com várias qualidades, defeitos e a evolução de cada um e dos relacionamentos. Para mim, a escrita da autora foi extremamente fluida não sosseguei enquanto não cheguei ao final.

E por falar em final, acho importante ressaltar a "sacada" da autora ao fechar esse enredo, com mais uma reviravolta totalmente inesperada que me deixou um gostinho de "quero mais".

Já estou bem curiosa pelo próximo livro da série.

Curti muito a leitura que, além de trazer um bom suspense, me levou a refletir sobre os limites no caráter de cada pessoa, seus valores e o que cada um é capaz para salvar a própria pele.

O livro ficou por mais de 1 ano entre os mais vendidos do The New York Times e não foi à toa! Por tudo isso, recomendo aos amantes de suspense!

E você, curte esse gênero literário? Gostou da resenha? Me conta aqui embaixo se leu ou se ficou com vontade de ler!



7 de março de 2025

Resenha: O navio da morte

 



Bora falar sobre livros?

Hoje é dia de lhes contar sobre a minha leitura de "O navio da morte", publicado pela @editora7letras que recebi em parceria com a @oasyscultural

Aqui conhecemos Gales, um marujo esquecido em um porto da Antuérpia após a Primeira Guerra. Ocorre que ele está sem seus documentos e, em primeira pessoa - quase em formato de fluxo de consciência - nos conta essa história repleta de detalhes sobre como era a vida naquela época, as agruras e desejos.

Então, Gales embarca no "navio da morte", não sem antes rodar de um lado para o outro na tentativa de regularizar sua condição para trabalhar e viajar - já que perdeu seus documentos.

E assim, acompanhamos as aventuras desse moço um tanto azarado e com um humor ácido, que flerta com preocupantes perigos e me fez rir e me emocionar durante a leitura.

Para mim, a dureza das coisas pelas quais o marinheiro passa se assemelha à dureza de nosso próprio cotidiano e, assim, o autor faz uma metáfora interessantíssima da diferença de classes, da importância de cada um de nós e das nossas necessidades - físicas, emocionais, existenciais - tão humanas.

O final é inesperadamente trágico, sem perder o tom irônico que permeia todo o livro, o que ressalta ainda mais o talento do escritor.

Escrito em 1926, no meu modo de ver, a obra é atemporal, clássica e necessária para basear infindáveis discussões sobre a temática de privilégios e lutas de classes, presentes até hoje em nossa sociedade.

Assim, recomendo muito!

E aí, curtiu a resenha? Ficou com vontade de ler? Costuma ler obras clássicas? Me conta aqui embaixo.




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