31 de agosto de 2017

[Resenha] Cadu e Mari

CADU E MARI
Autora: A.C. Meyer
Editora: Galera Record
Ano: 2017
Páginas: 280


Sinopse: Mariana trabalha em uma badalada revista de moda. Tem um bom salário, é muito competente... E tem uma queda pelo chefe, daquelas bem poderosas. Eles vivem em mundos completamente diferentes, e Mariana sabe que nunca acontecerá nada entre os dois. Até que Carlos Eduardo repara que sua secretária é muito, muito bonita. O amor entre os dois é arrebatador, e Cadu e Mari sentem que nasceram um para o outro. Mas as coisas logo começam a desandar. Talvez Cadu ainda não esteja preparado para confiar em uma pessoa que teve uma vida tão diferente da sua; talvez Mari ainda não se sinta segura em dividir sua realidade com o chefe. Para viver esse amor, os dois precisarão enfrentar preconceitos e vencer intrigas. Será que estão prontos?





Olá, queridos leitores! O post de hoje é para falar sobre esse livro delicioso e fofo, de autora nacional, do qual finalizei a leitura e fiquei com gostinho de "quero mais".

O livro nos conta a história de Carlos Eduardo, o Cadu, e Mariana, a Mari, o casal do título da obra.

Cadu é o dono de uma revista de moda famosa, cuja presidência "caiu em seu colo" quando seu pai quis que ficasse mais responsável e interessado pelos negócios de sua família.

Ele é sério, muito dedicado ao trabalho e não gosta de misturar os assuntos profissionais com as coisas do coração.

Mari é assistente direta de Cadu e faz com esmero o seu trabalho: leva o café da manhã em sua sala, agenda reuniões, recebe as pessoas, auxilia no atendimento de clientes, etc...

Com uma beleza fora do padrão, cheia de curvas e cabelos selvagens, Mari arranca suspiros por onde passa, mas não consegue ganhar a simpatia de seus colegas de trabalho.

Na realidade, Mari sempre foi apaixonada por seu chefe, mas pensa que jamais teria chances com ele, pois não faz parte da alta sociedade, não acredita chamar a atenção por sua beleza e, ainda, mora longe da região mais cara da cidade.

Porém, Cadu se vê tendo pensamentos e sentimentos no mínimo "diferentes" em relação à Mari. Chega a pensar que está ficando louco, mas não consegue se controlar e lhe dá um beijo. E não é só isso: após o ocorrido, fica com o coração disparado e os sentimentos descontrolados.


"Tenho uma reunião com investidores em meia-hora e não será nada bom demonstrar o que estava sentindo pela minha surpreendente assistente."



Sem o apoio de seu irmão e cunhada quando o assunto é um possível relacionamento com Mari, Cadu termina o que nem começou, dizendo que aquele beijo não significou nada.

Abalada com tal situação, Mari sofre muito, mas continua seu trabalho com toda a lealdade. Ocorre que Cadu novamente não resiste à sua beleza e necessita de sua presença em sua vida, dessa vez como sua namorada.

Essa parte do livro se desenvolve de forma bem gostosa, com cenas quentes entre os protagonistas e muito romance.

É muito interessante também a relação de amizade de Mari com Laís e, também, a de Cadu com Rodrigo.

Porém, algo muito grave acontece e, por ser muito mimado e controlador, Cadu não apenas rompe o namoro, mas demite Mari, que sequer toma ciência do porque de tal briga.


"Tudo me provava que ela não era nada daquilo que eu pensava. Mais do que decepção, eu sentia uma dor física, como se uma faca tivesse sido enfiada em meu peito e percorresse meu corpo, abrindo-o de ponta a ponta."


A sorte do casal é que seus amigos maravilhosos, Laís e Rodrigo, vão mover meio mundo para que possam tentar se reconciliar.

Os pais de Cadu, sempre muito compreensivos, também vão fazer parte da "força-tarefa" que levará a uma conclusão óbvia: Cadu se precipitou e não apurou adequadamente os fatos antes de tomar as atitudes que teve com relação à Mari.

Mais detalhes vocês só descobrirão ao fazer a leitura do livro, para não perder a graça! Mas posso garantir que é gostoso de ler, a escrita da autora é maravilhosa, fluida e deixa aquela saudade daqueles personagens tão amáveis.


"Não preciso dizer que estou apaixonada. É nítido, pela minha voz, o quanto estou feliz e envolvida. Eu ainda não sei como será dali em diante, mas tenho certeza de que daremos um jeito."


O final é deliciosamente lindo, com cenas inspiradoras de amor: sofrimento, cartas, viagem e tudo o que o leitor tem direito! 

A edição está impecável: capa lindíssima e condizente com a história, sem erros de edição, as folhas amareladas e fonte que facilitam a leitura.

A narrativa é feita em primeira pessoa, em capítulos alternados entre Cadu e Mari. 

Outro ponto que achei muito interessante foi que Mari ama música e cada capítulo se inicia com uma música nacional. Como todas são voltadas para MPB e Pop Rock Nacional (estilo que mais amo), simplesmente amei e parabenizo a autora, que valorizou a cultura de nosso país e tornou a leitura ainda mais prazerosa.

Aos que curtem um bom romance, o livro é mais que recomendado, pois me arrancou suspiros! Agora só me resta procurar outros livros da autora para leitura o quanto antes!




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28 de agosto de 2017

[Resenha] O treinador do meu sobrinho

O TREINADOR DO MEU SOBRINHO
Autora: Vanessa Gramkow
Editora: Ella
Ano: 2017
Páginas: 146

Livro cedido em parceria com a Autora.


SinopseDuda aprendeu que a vida não era fácil, mas nunca se deixou abater pelos obstáculos. Conhecida por sua personalidade ousada, ela valorizava sua própria liberdade acima de quaisquer sentimentos. A vida estava sempre sob seu controle... até seu sobrinho, o jovem tenista Igor, garantir-lhe que André, seu treinador, seria o “homem ideal” para ela. Duda não acha que precisa de qualquer relacionamento sério, aliás, aprendeu que o amor não existe para todos, especialmente não para ela. Por isso, tudo soava muito divertido quando Duda soube que finalmente conheceria o “tão mencionado” André; o problema é que o tal “homem ideal” era um babaca que parecia muito disposto a irritá-la. Agora, Duda precisará lidar com as expectativas românticas de seu sobrinho, a monitoria estressante de sua irmã mais velha, o confronto com seu próprio passado doloroso e a verdade de que nunca é tarde para aprender a amar.




Nesse romance com cenas quentes, conhecemos a jovem Maria Eduarda - ou Duda, para os íntimos, uma renomada fotógrafa que vive em viagens de trabalho.

Em enorme esforço para conciliar na sua agenda, foi assistir a um Campeonato Internacional de Tênis no qual seu sobrinho Igor disputava e este lhe pediu de presente um book com as fotos do evento, que seria em Santa Catarina.

Chegou ao aeroporto e tomou um táxi para o resort onde ocorreria o evento e ali acontece algo que eu não consegui compreender: Duda resolve descer do carro para fotografar e pede que o motorista deixe suas malas no resort.



Eu pensei comigo nas milhões de possibilidades de desvio de seus pertences, mas, milagrosamente, eles chegaram inteiros ao destino.

Enquanto isso, Duda aproveita para tirar suas fotos e encontra André, que, acompanhado por duas belas jovens, lhe tira do sério no instante em que seus olhos se encontram.

Mesmo com a inicial relutância de Duda, um beijo acontece e a desconcerta tanto que ela resolve "fugir", antes que se entregue novamente aos encantos deste homem (não sem antes acontecer um segundo beijo, é claro!).

Igor acredita que sua tia "combina" com seu treinador. Porém, já no primeiro momento em que o treinador não chega no horário marcado, Duda o desqualifica não apenas como treinador de seu sobrinho, como também retira qualquer possibilidade de ele efetivamente "roubar" seu coração!

Coincidentemente, Alexandre, um ex-namorado de Duda aparece no resort, pois sua empresa é patrocinadora do evento.

Mariana, a irmã super mega protetora de Duda, torce para que o casal se acerte novamente e ela aceita seu convite para um almoço.

Quando o treinador de Igor chega para dar o último dia de instruções a Igor, acontece o reencontro de olhares que tira Duda do sério novamente.


"_ Às vezes, o amanhã, é importante, temos que ter um caminho a seguir, mas também um lugar para permanecer, pois viver só, não é bom."


Após uma pequena discussão, Duda deixa seu sobrinho treinando com André e sai para o almoço.




Certa de que não sente mais nada por Alexandre, se sente sozinha e, claro, reencontra André no resort. O que acontece, claro, é um encontro louco de paixão e desejo para saciar a carência de ambas as partes!


"Eu agora contava tudo o que tinha acontecido comigo e o que estava realmente sentindo, deixei meu coração falar e admiti que, no fundo, nunca quis viver esse sentimento, o amor, por medo; medo de perder a pessoa amada como perdi meus pais."


Ocorre que, no dia seguinte, uma desagradável surpresa aguarda por Duda logo no início do dia. Para mim, este foi um ponto bem complicado, que vou contar apenas por alto para não estragar a leitura de outros, mas quem realizou a leitura vai me compreender.

O que André faz por Vitória é algo que nunca vi ninguém fazer por outra pessoa e Duda tem toda razão em não compreendê-lo e "fugir" novamente com Alexandre.

E o que temos é uma sequência de desacertos, pois também não compreendi como Duda pôde se envolver com Alexandre a ponto de optar estar com ele e decepcionar seus familiares.

Daí para frente, temos uma luta para Duda descobrir a verdade e para tentar se reconciliar com André. Tudo acontece de maneira muito rápida e o desenrolar da história é pouco crível.

O final também é muito inesperado e até um pouco contraditório e, em minha opinião, não se encaixa nas personalidades dos personagens.

O livro é narrado em primeira pessoa por Duda, o que coloca o leitor bem por dentro dos seus sentimentos, pensamentos e dos motivos de suas decisões.

A edição está bem feita, com uma capa que condiz com as características físicas dos personagens. Tem folhas amareladas e fontes confortáveis. Encontrei alguns erros que não atrapalharam a leitura.

Vanessa tem muito talento e creio que pode acertar esses detalhes para uma próxima edição, se assim julgar necessário.

Recomendo a quem curte um bom romance de leitura fluida e rápida, com detalhes hot e um pouco de drama.




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25 de agosto de 2017

[Série Indicação] The Middle



Oi pessoal!


Na coluna desse mês, escolhi falar de uma sitcom (situation comedy, ou “comédia de situação” em tradução livre) de que gosto muito: The Middle. Uma das melhores comédias que já assisti, mesmo vendo Friends e The Big Bang Theory algumas dezenas de vezes. A série é produzida pelo canal americano ABC (no Brasil, o Warner Channel exibe os episódios) e está entrando em sua nona temporada, que deverá estrear por lá em setembro. Infelizmente para os fãs, essa será a última temporada.

The Middle acompanha a rotina da família Heck, que vive na fictícia cidade americana de Orson, Indiana. Frankie e Mike, e seus filhos Axl, Sue and Brick, constituem um típico retrato da classe média dos Estados Unidos, aquela que trabalha em empregos de baixa qualificação, passa por dificuldades financeiras e tem na televisão o seu principal lazer. Em Orson, “a grama do vizinho é sempre mais verde”, e a relação entre os Heck e seus pares é o que gera os principais conflitos e, por consequência, é também o que provoca as maiores risadas. Em idade escolar, Axl, Sue e Heck também não têm vida fácil; com suas peculiaridades, cada um deles se coloca em situações divertidas e, por vezes, inusitadas.



Mais do que uma paródia ou uma caricatura, The Middle é, em suas entrelinhas, uma crítica social ao American way of life (“estilo de vida americano”), bem como ao comodismo e ao sectarismo que lhe são característicos. Por se julgar superior simplesmente por ter nascido nos Estados Unidos, o americano “médio” espera que o destino o conduza naturalmente aos seus objetivos. É claro que isso não acontece e, em diversos episódios, os Heck acabam por aprender essa lição de maneira dura, aprendizado este suavizado pelo tom cômico da série.

Em The Middle, todos os personagens do núcleo principal são muito carismáticos e extremamente bem desenvolvidos, e é aí que reside o maior trunfo da série. Frankie (Patricia Heaton) deseja ser a mãe perfeita, rígida e sempre presente, mas via de regra dá o braço a torcer às vontades dos filhos. 

Aparentando ser “durão”, Mike (Neil Flynn) é o pai sincero, que atira verdades sempre que possível. Axl (Charlie McDermott), o filho mais velho, é um arremedo de atleta popular do colégio, enquanto Brick (Atticus Shaffer), o caçula, é um pequeno “nerd”, que prefere ficar com seus livros a ter qualquer tipo de interação social. Para mim, porém, o grande destaque é Sue Heck (Eden Sher), a filha do meio; com otimismo contagiante (e, muitas vezes, inconveniente), ela consegue ver o bem em todas as situações, mesmo que muitas vezes não obtenha sucesso.



Por tudo isso, The Middle é uma série que todo amante de sitcom deve assistir. E, ainda que comédia não seja seu gênero favorito, acredito que vale dar uma chance, considerando todas as questões que a produção levanta.

E vocês? Já assistiram? O que acharam? Contem pra gente nos comentários.

Até a próxima!




24 de agosto de 2017

[Resenha] Em Busca do (Amor) Prato Perfeito


EM BUSCA DO (AMOR) PRATO PERFEITO
Autor: I. S. Feijó
Editora: Independente
Ano: 2016
Páginas: 106

Livro cedido em parceria com o autor


SinopseJá parou alguma vez e se perguntou o que os homens tem em comum com pratos de comida, temperos e especiarias? 
Esse é o modo que Giovanna enxerga as etapas de uma conquista, o percurso de um envolvimento e uma finalização de cair o queixo. 
Preservem seus paladares, sintam o aroma que invade suas narinas, degustem com um toque de leveza para que assim não percam nada em seu processo. A comida não é só um alimento bonito, não é só algo que serve ao nosso propósito de saciamento.
Comida, meus caros, é um pedaço da vida.




Olá!!

A resenha de hoje é daquelas de dar água na boca, pois é assim que é o livro Em Busca do (Amor) Prato Perfeito, de nosso autor parceiro I. S. Feijó.

Giovanna, nossa protagonista, é uma chef italiana renomada, que ao vir para o Brasil realizou seu grande sonho de ter seu próprio restaurante. O Toscana’s é um sucesso e Giovanna e sua equipe sempre são contratos para diversos eventos importantes.



Embora sua vida profissional seja um sucesso, a pessoal não vai tão bem assim. Entre um prato e outro, Giovanna tem alguns casos amorosos, mas nada de importante e alguns nem chegam a passar de uma noite.

Até que, com a chegada de Pablo, seu amor de infância, e com isso ela acaba conhecendo Fernando, as coisas começam a mudar.

Com uma linguagem bastante simples e através do amor de Giovanna por seu trabalho, conhecemos um pouco desse mundo da culinária e eu achei que o autor desenvolveu muito bem esse lado profissional da personagem.

Por diversas vezes, Giovanna faz analogias, relacionando sua vida pessoal com o mundo da culinária e foi uma boa sacada, porque além de ótimas, foram bastante divertidas, dando um toque ainda mais leve à história.

“Fazia tempo que não tinha uma sensação como essa, um frio na barriga. Parecia que estava fazendo seu primeiro bolo e precisava conter o ímpeto de abrir o fogão para não solá-lo. Ela não tinha borboletas no estômago, tinha era uma travessa de legumes no vapor gritando como se estivessem em  uma máquina de lavar.”

Embora exista o romance, o livro em si, foca mais Giovanna e sua vida profissional, eu achei isso bom, afinal, com cenas tão descritivas, não pude deixar de ficar com água na boca em diversos momentos da leitura. Mas, confesso que senti um pouco  falta de aprofundamento maior na parte amorosa. Fiquei com gostinho de quero mais! Mas isso não tira o brilho da história, pois ao mesmo tempo, traz alguns questionamentos e o seu prato perfeito é você quem faz!



Em Busca do (Amor) Prato Perfeito é um livro muito fofo, com uma história leve e de leitura muito rápida. Eu apreciei  e espero que venha mais por ai!!

“Enquanto pensava em todas essas possibilidades o aroma fresco dos temperos começou a preencher o ambiente. Tomate fresco, manjericão, orégano. A base perfeita para uma boa pizza. Ela começou a sentir o gosto muito antes de prová-los. Os lábios abriam e fechavam lentamente, como se estivesse degustando algo que não estava ali.”

Sobre a edição está linda! Achei a capa perfeita para o tema! Internamente temos uma ilustração da chef Giovanna e o início de cada capítulo também possui ilustrações com folhas são acinzentadas, achei esse toque de muito bom gosto. Fora que ao final são disponibilizadas algumas folhas para escrevermos nossas próprias receitas!!! Adorei isso (embora tenha pena de usar rs). A única ressalva que faço é para a fonte, que poderia ser um pouquinho maior, mas nada que atrapalhe a leitura.



Minha primeira experiência com o autor e eu gostei muito da sua escrita. Recomendo!


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22 de agosto de 2017

[Resenha] Violetinhas na janela

VIOLETINHAS NA JANELA
Autor: Vera Lucia Marinzeck de Carvalho
Editora: Petit
Ano: 2016
Páginas: 96

Livro cedido em parceria com a Editora


SinopseVioletas na Janela agora em quadrinhos! O que era bom, agora ficou melhor ainda. Com lindas ilustrações de Luis Hu, o leitor vai fazer uma viagem deliciosa pelo mundo dos espíritos acompanhando Patricinha e seus amigos.
Um dia Patricinha acordou e percebeu que não estava em casa. Viu um lugar que lembrava um hospital, mas sem barulho de hospital. Usava o mesmo pijaminha azul de todos os dias, só que aquela não era sua cama nem seu quarto. Como podia? Ela começou a ficar intrigada. É possível acordar de uma hora para outra num lugar estranho, e ainda por cima sem medo?
Pois esta é a melhor parte da história: Patricinha descobriu que nem sempre precisamos ter medo do que não entendemos. Ela conta coisas incríveis que conheceu após esse despertar, como as colônias, por exemplo, um lugar cheio de cor, bom humor e alegria, e nos convida a uma viagem deliciosa pelo mundo dos espíritos.




Olá, pessoal! Como já comentei algumas vezes por aqui, não tenho o hábito de ler Quadrinhos, mas a leitura dessa HQ foi super especial e venho contar para vocês agora sobre ela.

"Violetinhas na janela" foi inspirado na obra de Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho chamada "Violetas na janela". Não posso deixar de mencionar que este livro é considerado uma das grandes portas de entrada pela qual passam quase todas as pessoas que se tornam espíritas, tendo em vista a facilidade de se entender a linguagem e os acontecimentos do mundo dos espíritos.



"Violetinhas", pensado para ser um livro voltado para o público infantil, não deixa a desejar e nos traz, também com linguagem bem simples, como é a continuação da vida após a morte.

Na HQ temos, ainda, a facilidade da compreensão por um público mais jovem, tendo em vista as ilustrações - muito bem feitas, por sinal - que elucidam todos os acontecimentos e diálogos tão comuns na passagem da vida terrena à vida no plano espiritual.

"Papai respondeu dentro de mim, era como se eu pensasse com a voz dele."


Certo dia, Patricinha, nossa personagem principal, acorda em um lugar desconhecido, embora esteja com as roupas com as quais dormia e não sabe o que lhe aconteceu nem como chegou ali.



Após receber o tratamento adequado para as adaptações necessárias ao espírito que acaba de desencarnar, ela se encontra com uma pessoa muito importante em sua vida que, junto a um benfeitor espiritual, lhe dão a notícia de que ela deixou o corpo físico e se encontra em uma colônia espiritual.

Lá recebe todo o auxílio de que necessita para compreender a autonomia do espírito, que, depois de algum tempo, já não sentirá mais fome, sede, frio ou sono.

"O amor de mãe é como um farol que ilumina seus entes queridos e perfuma suas vidas."


Aprende, ainda, tudo o que é necessário para que possa seguir a trabalhar na caridade, como já havia estudado em sua vida terrena.



Patricinha apenas confirma tudo o que já sabia: que a vida não termina na morte, é apenas uma passagem e que a verdadeira vida se dá no plano espiritual.

Me emocionei na cena da primeira visita aos familiares, na terra, que foi permitida à nossa personagem! O livro é pura delicadeza!

Um ponto que achei muito interessante é que temos acesso aos pensamentos de Patricinha e eles são muito reais. Em minha opinião, essa identificação é muito importante para o sucesso da leitura!

"A oração nem toda vez atinge a quem se pretende beneficiar, mas ajuda sempre a quem ora."


A parte gráfica está linda, como podem ver nas fotos! As letras são grandes, em páginas bem coloridas, com balões de diálogo e quadros de informações em fundo branco, que facilitam a leitura e a tornam mais confortável. Não encontrei erros.



O livro é delicioso, fácil e prático de se ler e é um clássico que guardarei para ler para as crianças com quem convivo, claro, com prévia autorização de seus pais.

Recomendo às famílias espíritas e às que, de alguma forma, acreditam ou têm curiosidade a respeito da reencarnação, pois, em sua simplicidade, a obra elucida diversas dúvidas.

Ah! Não posso deixar de mencionar que é uma excelente opção de presente! Eu mesma vou comprar alguns exemplares para os amigos que têm filhos pequenos!



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21 de agosto de 2017

[Entrevista] Alana Gabriela

Olá, leitores queridos!

No post de hoje, o Blog Pacote Literário traz uma entrevista especial com a autora parceira do blog Alana Gabriela!


Vamos conhecer um pouquinho mais sobre ela?!


1 - Quem é Alana Gabriela?
R: Nossa! Acho que não sei dar uma boa resposta para essa questão. Vamos lá anyways. Gosto de falar às pessoas que sou Alana Gabriela, e tenho gostos, habilidades, inclinações e ideias. A verdade é que não curto rótulos porque temos muitas nuances e facetas e rotular limita bastante. Sou uma pessoa e tudo que faço, gosto e crio são apenas complementos.

2 - Quando e como começou a escrever?
R: Sempre me inclinei para a arte, então quando criança tinha o hábito de confeccionar várias coisas e foi por volta dos 10 de idade que confeccionei meu primeiro livro; o tema era relacionado ao filme Chamas da Vingança. Mas comecei propriamente a escrever e focar nisso em 2013, depois de uma aula muito boa de redação quando o professor incentivou os alunos a desenvolverem a habilidade da escrita.

3 - Tem algum autor que considere uma referência para o seu trabalho como escritora?
R: Na verdade, não. Minha vida literária começou tarde, quando literalemente comecei a escrever em 2013. Gosto de muitos autores, mas não tenho nenhuma referência. Talvez a Cinda Williams Chima seja a autora que mais tenho admirado ultimamente – mas conheci o trabalho dela na fantasia há pouco tempo apenas.


4 - Fale um pouco sobre "Efeito Dominó”
R: Difícil. Muito difícil. Sou péssima em falar sobre minhas próprias estórias. Anyways.
Efeito Dominó é um suspense com um toque policial numa Rio de Janeiro deturpada e confusa. Se trata de uma estória sobre organizações clandestinas, assassinos de aluguel e crimes não solucionados. Segredos, mentiras e dominós.


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5 - Fale um pouco sobre "Flor de cerejeira”
R: Hum... FDC é uma estória sobre crescimento, superação e sobre como nossas ações podem desencadear situações catastróficas na vida de outras pessoas – e até mesmo nas nossas. Em Flor de Cerejeira, além de abordar uma cultura diferente e assuntos pertinentes ao dia a dia, como agressão doméstica, TEI  e bullying, traz também o crescimento de uma garota, Yoko, que precisa aprender a lidar com tudo isso.



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6 - Tem algum personagem favorito em algum de seus livros ou um com quem mais se identifique?
R: Tenho na verdade vários personagens favoritos, e alguns de livros que ainda não publiquei – e que acabaram se tornando meus crushes também. Abaixo meu TOP 5:
Calyl – Nômade
Joachim – Coroa de Ferro & Trono de Espinhos
Graham – Ode do Infortúnio
Jerome – Ode do Infortúnio
Aidan – Flor de Cerejeira

7 - Quanto às características dos personagens, você se inspirou em alguém que conhece?
R: Apenas em um livro me inspirei completamente em alguém que conheço para escrever a história tanto quanto desenvolver as personagens; o livro se chama Adeus, então... e é basicamente inspirado em mim, sobre a época que fiquei um pouco doente. Mas a maioria das minhas estórias tem vida própria, posso salientar ou não alguma nuance ou característica de uma pessoa que admiro e só. Gosto mais de fugir da realidade, entende?


8 - Qual o seu próximo projeto?
R: Acredito que algumas pessoas já sabem, pois ando divulgando em algumas redes. O meu próximo livro é Ode do Infortúnio – uma série de fantasia urbana.

9 - Deixe um recadinho aos nossos leitores.
R: Leiam e se aventurem o quanto puderem e quiserem... o tempo é muito curto. Gaste-o bem!



Alana, o Blog Pacote Literário agradece pela entrevista! Reiteramos nossa admiração pelo seu trabalho e lhe desejamos muito sucesso !!!



14 de agosto de 2017

[Filme] A garota no trem


Gênero: Suspense/Drama
Ano: 2016
Elenco:  Emily Blunt, Haley Bennett, Rebecca Ferguson, Luke Evans, Justin Theroux


Dirigido por Tate Taylor, o filme nos conta a história de Rachel, que entra em depressão após se divorciar e todos os dias, no mesmo horário, embarca no trem.

Em suas idas e vindas, Rachel observa diariamente, pela janela no trem, a vida de um casal. Trata-se de Tom (ex-marido de Rachel) e Anna (atual esposa de Tom).




É importante ressaltar aqui que, no livro, o destino diário de Rachel é Londres. A adaptação se passa nos Estados Unidos e seu destino é Nova York.

Uma cena específica vivida pelo casal desencadeia em Rachel o que parece ser uma crise de ansiedade, em conjunto com uma absoluta confusão em sua cabeça sobre o que é real e o que é fantasia.



Certo dia, bate à sua porta uma detetive, que lhe questiona sobre a morte de uma pessoa. E é aí que o suspensa se inicia.

Megan, babá da filha de Anna, é encontrada morta e, a princípio, o suspeito é Scott, seu esposo. Ocorre que Megan não era nada fiel e, através das investigações de Rachel, a polícia conseguiria chegar ao culpado.

Ocorre que os depoimentos de nossa personagem principal não são levados tão a sério, tendo em vista o notável estado de confusão mental em que se encontra devido ao alcoolismo. 

Em muitos momentos, nem ela sabe o que viveu e o que fantasiou; várias lembranças surgem e desaparecem rapidamente em sua cabeça, de forma descontrolada, o que me incomodou bastante, pois não há meios para se adivinhar o que realmente ocorria.

Ao contrário do que Rachel pensava inicialmente, Tom não era um marido perfeito e ela descobre isso nesses flashes que lhe vêem à mente, após ter uma conversa com alguém que fez parte de seu passado.




No desenrolar da história, apesar do estado em que se encontrava, os policiais são obrigados a investigar o crime no sentido proposto por Rachel e, por fim, ela desvenda toda a trama.

Não, queridos leitores do blog! Nada disso que contei fica claro no livro. Aliás, não fica claro nem mesmo no filme e isso me deixou bastante irritada e cheia de dúvidas.

Passei o filme todo tentando entender porque algumas cenas foram colocadas, ao mesmo tempo em que muitas outras poderiam ocorrer e dar muito mais conexão e sequência aos acontecimentos.

Achei o enredo pouco crível, a começar pela coincidência de o caminho do trem ser exatamente em frente à casa de Tom e, ainda, de ele e a esposa estarem sempre em posições em que possam ser facilmente observados por quem está dentro do trem.

Porém, no final tudo se encaixa e se resolve de maneira interessante. Para ser clara: o final simplesmente SALVA o filme! 

Estamos falando da adaptação de um livro que foi um dos 3 mais vendidos no ano de seu lançamento! Então, não compreendi, a princípio, porque o filme não teve sequer uma indicação ao Oscar.

Ao assistir, percebi os motivos: os atores escolhidos não são talentosos quanto eu considero que um livro de tamanho sucesso exige.

Para se ter ideia, os críticos de cinema consideraram que, nem mesmo a brilhante Emily Blunt (no papel de Rachel) conseguiu se sair bem no filme. As atuações em geral são medianas e, em minha opinião, bem inferiores ao que o tema merecia.

O que mais gostei no filme foi tratar de relacionamentos abusivos e de como a personalidade do agressor geralmente não depende da vítima. Creio que a polêmica com relação ao alcoolismo também é um tema cuja abordagem é de extrema importância.

Porém, mantenho a minha opinião de que, se os dois assuntos fossem melhor trabalhados pela autora (e não apenas pelo diretor da adaptação), o filme com certeza alcançaria o sucesso almejado.




Você já assistiu ao filme? O que achou? Me conte nos comentários!





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