Editora: Cultrix
Ano: 2017
Páginas: 288
Livro cedido em parceria com a editora
Sinopse: Neste livro surpreendente, Christian Thiel, filósofo e terapeuta especialista em relacionamentos amorosos, destrói os mitos sobre como homens e mulheres enxergam o amor e o sexo. Você vai descobrir que a maior parte do que pensamos sobre o amor baseia-se em mitos e ilusões aceitos como verdades absolutas que podem acabar sendo muito prejudiciais. Convicções e ideias equivocadas podem causar sofrimento e conflitos em nossa vida amorosa, e, por isso, o autor reúne os erros mais comuns e surpreendentes e busca "resgatar o amor" através do entendimento real dessas situações. Ao final da leitura, você vai ter de abrir mão de muitas ilusões, mas, em compensação, saberá muito mais sobre sexo, relacionamentos e amor!
Olá leitores queridos! Hoje venho trazer para vocês um pouquinho do que senti nessa leitura que considero super polêmica, como se pode perceber pelo título.
Porém, o que chegaram foram grandes polêmicas sobre sexo e relacionamento que, como o autor mesmo admite, tentam desconstruir o que ele chama de "mitos" da sociedade.
Um ponto que me deixou impressionada foi que se trata de um escritor alemão, mas o que é falado serve para pessoas de todos os países do mundo.
Então vamos lá!
O autor escreve, em cada capítulo, sobre o que considera um mito que a sociedade repete ao longo das décadas e explica detalhadamente porque discorda deles.
Coisas como "Os homens só pensam naquilo", "É preciso discutir a fundo qualquer tipo de problema", "Filhos seguram um relacionamento" e "O número de solteiros cresce sem parar" são alguns dos títulos dos capítulos e, consequentemente, assuntos com os quais ele não concorda e nos mostra o porque.
A minha dificuldade maior ao ler a obra foi justamente por discordar de muitos pontos abordados pelo autor. Vou citar alguns exemplos.
Ele considera um mito que ter amor-próprio é essencial para se amar alguém. Eu não concordo com o autor, pois penso que o autoamor é essencial até mesmo para que se saiba o que é amor. Se alguém não se ama, pode se apaixonar, pode sentir carência, dependência ou necessidade pelo outro. Mas não amor. Nesse capítulo, também não compreendo que ele peça ao leitor que seja racional, pois é óbvio que, quando se fala de amor, não há razão que o consiga compreender.
Ainda nesse meio, acho o autor contraditório quando, em outro capítulo, afirma que "Os problemas (de um relacionamento) começam quando um dos parceiros - ou até ambos - costuma deixar de lado as próprias necessidades em prol da paz no amor." Ele não acaba de descrever, exatamente, uma forma de falta de amor-próprio?
Outra afirmativa dele com a qual eu não concordo é a de que alguns problemas conjugais simplesmente não podem ser resolvidos. Eu acredito que aprender a lidar com algumas coisas que não podemos mudar seja, simplesmente, resolver o problema.
Porque, a partir do momento em que não se sofre mais por algo que você compreendeu que não pode mudar, aquilo deixa de ser um problema no relacionamento, ou seja, você o solucionou, ao contrário do que diz o autor.
Confesso que nesses e em outros pontos, me senti como um "peixe fora d´água", por ter um relacionamento há mais de 13 anos e ter posturas completamente diferentes do que ele diz no livro.
Porém, nem tudo é discordância e achei bem interessantes alguns pontos, dos quais separei alguns trechos e deixo aqui para vocês.
"Toda crítica pode ser reformulada com facilidade em um desejo ou pedido."
"São claras as evidências de que os casais se separam não porque brigam, mas porque não sabem como brigar."
"As conversas que se iniciam com um pedido, uma pergunta ou um desejo estão a priori voltadas a um objetivo concreto."
A parte gráfica está impecável: páginas em bege claro e letra confortável à leitura, com tamanhos e cores de fontes maiores nos títulos e subtítulos dos capítulos. A capa, em um rosa muito bonito e a fonte grande do título também chama a atenção.
Gostei da obra e a recomendo a quem curte um livro polêmico sobre relacionamentos.
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